O amor que não move

Quantos amores frustrados pela forma errada de amar. Pessoas perdidas por amarem depressa demais, paixões desenfreadas e arqueadas com o peso da obrigação de ser feliz, apenas pelos sentimentos advindo das mãos do outro que encontra-se envolvido na relação.

Pessoas se obstinam em esperar por um amor que solucionará todos os problemas. E por buscar um amor assim, encontra um amor que não cresce, podendo ser esse um amor que empobrece quando não encontra no outro a oferta do conforto. Quantos enganos por amores que não se entende e amor que não completa?

Que amor foi esse que endureceu a alma e enfraqueceu o corpo?

Que amor era aquele que chorava um rio de lágrimas enquanto desaguava na espera?

Qual a qualidade do amor de quem ama e não aquieta-se?

De onde vem esse amor marginal, que é roubado das pessoas carentes por escassez de amor próprio?

Ninguém merece mendigar amor, há pessoas que mendigam qualquer tipo de amor, porém todos merecem um amor maior, um amor verdadeiro, que não implora, pois implorar por amor é para as almas miseráveis.

O amor deve ser digno e deve ser suave. Amor bandido é para filmes. Não se submeta ao amor que não move e ao amor que não é inteiro.

O amor não é feito de migalhas ou de fragmentos. O amor só é amor quando do encontro de duas pessoas suas almas se integram.

Amor não é feito de pedaços, um pedaço de amor tem que ser inteiro.

O amor tem que mover, deve ser produtivo, deve ter beleza e trazer engrandecimento.

A vida dá a tela e você fará a pintura se permitir que o amor seja escrito de forma diferente aos que destinam o seu amor ao final trágico. Romeu e Julieta são para os tristes, para quem copia a mesma história e dá um tom de pouca beleza. Amor não foi feito para ser solitário, nem amor endividado.

O amor não deve ser impossível, o amor deve ser feito do possível, do correto, feito pelos corações humanos.

O amor deve ser completo, outra situação não basta, amor deve ser amor.

Ninguém melhor do que Jesus para mostrar que as histórias são feitas de amor concreto, do amor que perdoa, do amor que supera e do amor que tolera.

Ninguém melhor do que Francisco de Assis, que entendeu esse amor divino de Jesus, onde em oração nos ensina, que é dando amor que se recebe, saber receber o amor de Deus é o suficiente a quem quer viver dentro do amor, e não quer viver dentro das paixões, pois as paixões são amores que não movem.