quinta-feira, 31 de maio de 2012

HORA DE PAGAR A CONTA É CAUSA DE SAIA-JUSTA ENTRE OS PARCEIROS

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Ir a restaurantes é uma das situações mais prazerosas do casal, quase sempre acompanhada de um ritual para o qual não se poupam roupas charmosas, bons pratos e um delicioso vinho. Algumas vezes precedido de um cinema ou teatro, quase sempre culmina na intimidade amorosa! Mas nem tudo é um conto de fadas. O clima amistoso pode ser desfeito por uma conversa que não rola ou por impasses que vêm literalmente à mesa - como o pagamento da conta, função em geral atribuída ao homem, mas que nem sempre acontece da forma previsível. Este detalhe das relações não escapou ao atento olhar da pesquisa acadêmica, que hoje vasculha os mais diversos aspectos da vida humana. A Universidade de St. Andrews, na Escócia, realizou recentemente uma enquete com 416 homens e mulheres para testar o quanto eles se sentiam atraentes em relação a pessoas cujas fotos lhes eram mostradas e com as quais supostamente iriam jantar num restaurante. Em seguida, vinha a pergunta-chave: "Quem deve pagar a conta?". Eram três as respostas possíveis: dividi-la, pagá-la ou solicitar que o outro o fizesse. O resultado revelou que mulheres bonitas - mas também homens atraentes! - tinham menos disposição para arcar com as despesas, embora os homens, diante das mulheres bonitas, se mostrassem mais dispostos a assumir a conta. Teriam então os menos bonitos de pagar pedágio à beleza? É evidente que outros critérios costumam prevalecer na "dolorosa hora". O mais costumeiro, extraído da sabedoria convencional, reza que quem paga é o cavalheiro - e pronto! Afinal - pelo menos até há pouco... -, quem costuma tomar a iniciativa, convidando para sair, é o homem. Além disso, em nossa sociedade, mesmo quando ela trabalha, em razão das distorções ainda vigentes, ele costuma ganhar mais. Mas este padrão, embora de aplicação geral, se depara com singularidades e até distorções. Comecemos pelas singularidades. Casais jovens e adolescentes costumam dividir a conta, pois na maioria das vezes ou ganham pouco ou dependem de mesada. Ele ficará orgulhoso quando um dia, já trabalhando, pagar sozinho a conta do jantar. A divisão da conta também pode ser estendida aos casais adultos com proventos semelhantes ou quando a mulher está em posição mais privilegiada. Convém destacar que não é necessário criar constrangimentos com discussões sobre a divisão, nem desfazer o ritual de pagamento pelo homem, se isso é importante para ele, uma vez que se podem fazer acertos nos cartões de crédito ou em outras compensações, posteriormente. O casal que se torna íntimo pode estabelecer suas próprias regras, sem alimentar culpa por destoar dos clichês da sociedade. Como falávamos, há também distorções. O bonitão pode achar que tem o direito de ser mantido, sem reciprocidade equivalente, reproduzindo com a companheira a experiência de ser mimado pela mãe. O efeito disso é que ela, caso tenha escrúpulos, se sente explorada e sua admiração por ele fica sujeita à diluição. E a bonitona, não obstante ter a seu favor a convenção de deixar o pagamento ao homem, pode se plantar numa postura antipática, de tudo receber por direito divino, sem atitudes de reciprocidade. O companheiro, nessa situação, também pode se sentir usado e explorado - exceto no caso de homens complexados, cuja identidade está associada só à posição de provedores.


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