sexta-feira, 18 de maio de 2012

Já notou como é corriqueiro casais engordarem?

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Há momentos diversos na engorda a dois: um é quando você, depois de uma longa e exaustiva caçada no mercado sexual, finalmente encontra alguém especial, alguém que volta, alguém que você deseja e que deseja você, alguém que te faz rir e segura sua mão num filme triste, alguém que nem pestanejou em trocar exames de sangue e trazer a escova de dentes para o seu banheiro, alguém confiável e independente, alguém cuja pele suada esparge o exato aroma que te faz dormir em paz. Alívio! Aleluia! Você é invadida pelo prazer de que se via há muito privada, você relaxa e se abre para o deleite em larga escala - e abrir a boca para acepipes variados faz parte dessa entrada nos Campos Elíseos. Seu namorado provavelmente experimenta as mesmas sensações e, voilà, vocês engordam juntos.
Pós-matrimônio acontece a mesma coisa. Existe época mais estressante do que a preparação de um casamento? Quando o sururu termina e as lembranças estão seguras no pen-drive de um bom fotógrafo, pronto, é hora de aproveitar o deleite do enfim-sós, com muita cama, muita mesa e muito banho a dois.
Já casais enfastiados, tristes, arrependidos, desapaixonados, ainda sem coragem para se separar, também engordam: é o símbolo da desistência, do cansaço, da desilusão. É um relaxamento sem as bochechas coradas dos amantes.
Há ainda aqueles que enfrentam a óbvia constatação de que continuam se sentindo atraídos por outras pessoas e que são apenas eles os responsáveis pelo que fazem com seu desejo. É aí que muita gente engorda para se tornar menos atraente e assim empurrar para o corpo uma decisão que não se sente forte o bastante para tomar.
Ora, nós somos corpo e alma, certo? A alma quando ama, ama para sempre. Já o corpo... Quando um casal muda fisicamente (engorda, enfeia, embucha, o que for) a alma deles pode continuar se amando, mas e os corpos? Onde a atração física se recoloca nesse caso? Sim, porque ela pode perfeitamente se recolocar - desde que exista a aceitação do próprio corpo. Mas nesta sociedade cada vez mais hipnotizada pela ideia da perfeição estética, aceitação (e tesão) é o que menos há de pintar por aí.

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