segunda-feira, 2 de julho de 2012

A herdeira e o gigolô

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Não deixem de ler essa história, quem sabe serve de lição para muitas Mulheres por ai.....


Um suíço especialista em chantagear mulheres abastadas é preso e condenado depois da denúncia de Susanne Klatten, a mulher mais rica da Alemanha


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GOLPISTA Sgarbi conheceu Susanne no spa Lanserhof Wellness (abaixo), na Áustria, um de seus locais preferidos para atrair vítimas em potencial
"Disse para mim que era vítima e precisava resistir, caso contrário não iria acabar nunca"
Susanne Klatten, dona da BMW
"Me arrependo profundamente e peço publicamente perdão às vítimas"
Helg Sgarbi, condenado por extorsão
A bilionária alemã Susanne Klatten, 46 anos, descansava num luxuoso spa na Áustria quando conheceu Helg Sgarbi, 44, em 2007. Impressionou- se com as histórias do (suposto) agente especial do governo suíço, mas, casada e mãe de três filhos, resistiu às investidas dele. Isso até reencontrá-lo, um mês depois, em um passeio pelo sul da França. O que parecia uma coincidência típica de histórias de amor era só uma das etapas de um elaborado plano para seduzir e depois tirar dinheiro da mulher mais rica da Alemanha.
Herdeira da empresa automotiva BMW (e de uma fortuna estimada em aproximadamente R$ 30 bilhões), Susanne se apaixonou por um homem que nunca existiu. James Bond, como ela costumava chamá-lo, era na verdade um gigolô - que já havia extorquido pelo menos outras três milionárias alemãs. Quando chegou sua vez, a empresária preferiu enfrentar o vexame público a pagar os cerca de R$ 40 milhões que ele exigia em troca de imagens de sexo entre os dois.
Sgarbi foi preso e, na segunda-feira 9, condenado em Munique a seis anos de prisão por extorsão. Susanne também foi punida: seu rosto e sua história agora correm o mundo.
O "gigolô suíço" - como ele foi apelidado, numa referência ao filme Gigolô americano - tinha um perfil único para escolher as vítimas: mulheres de meia-idade, em casamentos infelizes ou solitárias e muito, muito ricas. A estratégia era frequentar os mesmos hotéis, spas e estações de esqui para encontrá-las como se fosse coincidência.
Aproximava-se mais como um amigo, relembrando seu trabalho como agente do governo em áreas de conflito que, na verdade, nunca visitou. Depois, mandava flores, bancava jantares à luz de velas, fazia elogios, criava romance. A sordidez se acentuava na segunda parte do plano, quando começavam os encontros íntimos. Sgarbi não agia sozinho. Seu cúmplice seria o italiano Ernano Baretta, 63 anos - guru de uma seita religiosa da qual o falsário faz parte -, que está preso e aguarda julgamento. A função de Baretta, que supostamente trabalhava com Sgarbi há cerca de sete anos, era hospedar-se no quarto vizinho ao do casal e filmar os momentos de sexo.
No tribunal, Sgarbi - um ex-funComportamento cionário de um banco de investimentos - tentou limpar sua imagem. "Me arrependo profundamente e peço publicamente perdão às vítimas", disse. Numa suposta demonstração de bondade, explicou que os vídeos eram seu último recurso ao chantagear as amantes. Primeiro, ele apelava para a emoção. Dizia estar sendo ameaçado pela família de um bebê morto num acidente de carro nos Estados Unidos, cujos pais, membros da máfia ítalo-americana, o consideravam culpado pela tragédia.
Quando contou essa história a Susanne, Sgarbi disse que já havia conseguido R$ 9 milhões, mas que precisava de mais R$ 21 milhões para se livrar dos mafiosos. "Ele disse que o matariam se não pagasse. Acreditei nele, me pareceu sincero", disse Susanne. A bilionária, comovida, lhe entregou o dinheiro em uma caixa de sapatos. "Para preencher vazios em suas vidas, as pessoas às vezes se envolvem em fantasias e se deixam levar, perdendo um pouco a noção de realidade", explica a psicóloga Laura Muller, autora de um livro de perguntas sobre sexo.
Susanne só recuperou a "noção de realidade" quando Sgarbi propôs que ela acabasse o casamento - e pôs fim ao relacionamento. O falsário, então, lhe mandou um CD com imagens dos dois na cama e ameaçou enviar cópias ao marido dela e ao conselho executivo da BMW, caso não recebesse R$ 42 milhões. A bilionária disse que pagaria, mas avisou a polícia. "Percebi que ele não era o homem que achei que fosse e como eu tinha sido ingênua", declarou ela, à época. "Mas disse para mim mesma que eu era uma vítima e precisava resistir, caso contrário aquilo não iria acabar nunca", acrescentou.
Em novembro do ano passado, a polícia italiana encontrou cerca de R$ 7,5 milhões escondidos em um luxuoso hotel na região de Abruzzo, na Itália, de propriedade do suposto cúmplice do gigolô. Sgarbi também teria comprado carros de luxo (incluindo uma Ferrari e um Lamborghini) e imóveis. O paradeiro das fitas de sexo e de parte dos R$ 28 milhões que tirou de Susanne e de outras três vítimas continua desconhecido.
Antes do julgamento (e da confissão) de Sgarbi, Baretta chegou a alegar que tudo não passava de uma vingança pessoal contra Susanne. Isso porque o pai dela, Herbert Quandt, teria usado mão de obra escrava na fábrica da BMW, em cooperação com os nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial.
O pai de Sgarbi, um judeu polonês deportado de seu país, teria sido obrigado a trabalhar na indústria que, na época, fabricava munições. Este argumento, entretanto, já caiu por terra. Se houve intenção de vingança da parte do gigolô foi contra o destino que o fez nascer pobre, e não milionário. Susanne foi apenas mais uma vítima de seu acerto de contas. Mas uma vítima corajosa.

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