quarta-feira, 3 de outubro de 2012

SOBRE SEXO VIRTUAL

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Todos sabem que o progresso tecnológico tem levado ao individualismo, acirrando o distanciamento. Por outro lado, e como medida de suprir as carências afetivas e emocionais, as pessoas têm se aproximado pela internet, que facilita a comunicação e encurta as distâncias.
No mundo virtual, é crescente a procura por sites eróticos, onde pessoas realizam as fantasias mais inconfessáveis. Para entrar nesse mundo sem censura basta apertar algumas teclas. Podendo usá-lo como um aliado, grandes são os benefícios. Podemos, inclusive, estar falando de uma nova possibilidade de entendimento da sexualidade, em que a ideia é ter um equilíbrio saudável entre os estímulos virtuais e reais.
Sabe-se que a virtualidade nos aproxima. Aquilo que nós não encontramos no mundo real, buscamos no virtual, e é lá que se cria o mundo que se quer, usando-o como se ele existisse.
Virtualmente perfeito, pois depende apenas da imaginação de cada um. Ou seja, muitas vezes o virtual é o estímulo do imaginário, aquilo que dá início à libido. É um universo amplo, rápido e presente onde o corpo físico se exclui da relação. Há um enorme debate sobre se tal procura significa uma carência no relacionamento afetivo ou sexual.
Porém, para aqueles que estão numa relação e procuram tais sites, há quem acredite que nem sempre o sexo virtual precisa ser encarado como traição.
Como a masturbação, ele pode ser um caminho para a erotização e o conhecimento. Assim, dentro desse contexto, não é sinal de que o relacionamento está afundando, podendo, até mesmo, melhorar a performance do casal. Mas, devemos sempre nos questionar sobre o limite de tal prática.
Costuma haver um pequeno limiar entre um comportamento saudável e o vício que se caracteriza quando a pessoa deixa de conseguir viver sua vida real, preferindo a virtual, que passa a ser a única fonte de prazer. O indivíduo se abastece no virtual da necessidade real de contato, o que contribui para um isolamento perigoso e doentio.
Normalmente, as pessoas viciadas sofrem de timidez patológica e, pela dificuldade de exposição, há uma consequente dificuldade de relacionamento, o que contribui para um isolamento sócio-afetivo. Assim, se relacionando através do virtual, o risco de se expor, ou de não ser aceito, é diminuído em função do anonimato.
E lá, as características são potencialmente acentuadas. Todos podem ser tudo o que gostariam. Os personagens são criados para esconder a identidade verdadeira. Na verdade, há um encontro de identidades múltiplas editadas conforme o contexto, o que possibilita um caminho aberto na vazão dos desejos e fantasias. É fato que a internet está ajudando as pessoas a liberarem aquilo que estava reprimido, proporcionando o estímulo para que a fantasia se desenvolva num ambiente de maior permissão.
Mas, e como tudo tem um limite, deve-se procurar por tratamento quando ela passa a ser uma válvula de escape e não mais aquela ferramenta positiva, quando o foco do desejo está centrado na virtualidade do prazer sexual, e essa passa a ser a única forma de senti-lo. A psicoterapia, uma escolha eficiente no combate das causas, pode ser baseada em terapia individual, de grupo ou mesmo de casal. 

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