terça-feira, 27 de novembro de 2012

Pornô light: especialistas comentam a onda de livros eróticos que caiu no gosto feminino

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Um novo verbete entrou no dicionário Collins da língua inglesa no mês passado. Trata-se da expressão mommy porn, cuja definição é "literatura erótica para mulheres comuns, gente como a gente". O termo foi consagrado pelo livro Cinquenta Tons de Cinza, a trilogia escrita pela inglesa E.L. James, que bateu recordes assombrosos de venda ao misturar narrativas de cenas sexo recheadas de sadomasoquismo com uma história de amor. Foram 40 milhões de cópias vendidas desde o lançamento nos Estados Unidos, em março, metade delas em formato digital. As brasileiras também ficaram alvoroçadas com a novidade. "Sabíamos que o livro seria bem aceito. Ainda que a história seja picante e o sexo esteja presente o tempo todo, trata-se de um grande romance", defende Bruno Porto, editor de aquisições da Intrínseca, que publicou a obra por aqui e planeja vender 1 milhão de cópias no país. Tamanho sucesso levou outras editoras do mundo todo a lançar os próprios romances do gênero na tentativa de aproveitar o frisson. Dezenas de títulos surgem a cada semana. No Brasil, a editora Paralela, por exemplo, investiu na trilogia Crossfire, de Silvia Day; a Jardim dos Livros apostou no picante Loucamente Sua, de Rachel Gibson; a Best Seller lançou Cinquenta Tons de Prazer, de Marisa Benett — todas autoras americanas. A lista é vasta.
Entre os analistas do fenômeno, há quem diga que o sucesso do mommy porn se deve à internet: os e-books garantem que moçoilas e senhoras leiam as histórias mais escabrosas em seus tablets sem que ninguém saiba o que estão saboreando. Graças aos e-books também, a enorme demanda pelo produto pôde ser atendida — a primeira versão foi publicada por uma pequena editora australiana, incapaz de imprimir cópias em grande escala. Também há quem atribua a força das vendas ao fato de as mulheres estarem em maioria nos grupos virtuais de leitura, onde o boca a boca corre rápido. Os estudiosos do comportamento feminino argumentam, ainda, que a demanda feminina por produtos pornôs estava represada e já dava há tempos sinais de que iria explodir. A literatura erótica seria, portanto, uma espécie de reação natural de consumidoras já emancipadas depois de uma série de mudanças comportamentais. Para entender todas as sutilezas desse fenômeno, conversamos com especialistas de diferentes áreas e países. Todos concordam que vivemos um momento histórico singular, que deve ser comemorado: nos libertamos de muitos tabus, assumimos que gostamos de sexo e estamos buscando, em massa, caminhos individuais para o prazer.

REVISTA CLÁUDIA

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O dossiê do sexo oral

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Sexo Oral


Cinema sem pipoca? Goiabada sem queijo? Praia sem sol? Transa sem sexo oral? Já deu para entender a tese que, ferrenhamente, defendemos. Ainda mais depois de descobrir, numa pesquisa com leitores que:

• 51% das mulheres alguma vez se negaram a receber sexo oral
• 38% dos homens acham que o sexo oral feito pela namorada é arroz com feijão
• 9% deles confessaram que o que ela fazia “não dava nem para o gasto”

Fizemos um dossiê para que você se livre das neuras e receba e usufrua ao máximo esse prazer. Bônus: um representante da ala masculina conta tim-tim por tim-tim onde, quando e de que jeito a brincadeira fica mais divertida para eles
RELAXE

Se você acumula neuras a respeito e não consegue aproveitar esse presente que seu parceiro insiste — bom menino! — em lhe dar, é hora de mudar. “Algumas mulheres não se soltam. Isso acontece por questões morais, de higiene e de inseguranças com o próprio corpo”, ressalta Alexandre Saadeh, psiquiatra e psicoterapeuta especialista em sexualidade humana, professor da PUC de São Paulo. “O tabu tem origem cultural. Ao longo da história, a mulher não podia sentir prazer — sexo era destinado para reprodução”, afirma Laura Müller, psicóloga especializada em sexualidade. Segundo ela, a penetração não tinha outro objetivo que não fosse gerar filhos. Práticas orais e anais não faziam parte do repertório. “Embora os tempos sejam outros, em muitos indivíduos ainda permanecem resquícios dessa mentalidade.” Afinal, trata-se de um dos pratos mais saborosos do cardápio — preliminares — e uma boa maneira de apimentar o arroz com feijão diário. Tanto é verdade que o lesco-lesco em questão é bem-visto pela maioria da população brasileira: de acordo com pesquisa coordenada em 2008 por Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e diretora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, 76,6% dos homens e 64,3% das mulheres admitem praticar sexo oral.

ABAIXO O PRECONCEITO
Educação repressora, desinformação, preconceito: junte tudo isso e está formado o bloqueio. Mas você sabe onde devem ficar esses grilos, não? Isso, lá longe, no passado. Em pleno século 21, não existe mais essa bobagem de práticas não permitidas a moças de família. “As variações orais e anais são bem-vindas, desde que a segurança e o prazer estejam garantidos”, diz Carmita Abdo. Se sua encanação é com a higiene, saiba que a maioria dos homens curte, e muito, o “cheiro de mulher”. Então a dica é cuidar da assepsia local sem exageros. Afinal, como diz Laura, “vagina tem cheiro de vagina”. Vale lavar com um sabonetinho cheiroso e só. De resto, deixe a natureza falar por si e verá que seu elixir funciona como um afrodisíaco para ele. “Cheirinho de desinfetante ou perfume forte pode ser bom para o corpo, mas para a região genital é broxante”, afirma Saadeh. Muitos homens mergulham o rosto na área de tão excitados. “Se ele está se divertindo, você vai se preocupar com o quê?”, pergunta Jussania Oliveira, sexóloga e autora de livros sobre o tema. O que não vale: descuido com a higiene ou a presença de algum corrimento forte.

NÃO SE PREOCUPE COM A APARÊNCIA DELA
Homens maduros não se importam com a anatomia da vagina, mas não são poucas as mulheres que acumulam caraminholas por acreditar que a dita-cuja é feia, roxinha ou tem lábios grandes, por exemplo. “Da mesma maneira que existem pênis maiores e menores, com curvatura para esquerda ou direita, há as particularidades de cada vagina. A preocupação é feminina, eles não se ligam nisso”, diz Jussania. Se o grilo com a anatomia for difícil de vencer, Saadeh aconselha conversar primeiro com um ginecologista de confiança e depois com seu parceiro. “Homens experientes reconhecem as diferenças femininas.” Quer dizer, os inseguros é que exigem formato-padrão. Acredite: quanto mais segura e à vontade com seu corpo, mais sexy e atraente você parecerá aos olhos dele. Então, considere a sua vagina como um elemento a mais que deve e merece ser explorado. “Quando você se sente atraído por alguém, deseja o outro por inteiro — e não parte dele”, diz Jussania. Logo, é provável que seu parceiro queira devorá-la por inteiro, inclusive se esbaldando no sexo oral. Se você se convenceu a incluir a modalidade na sua lista de variáveis sob os lençóis, reflita se não vale submeter-se a uma depilação especial. Embora as opiniões masculinas variem de A a Z no quesito pelos, as depiladas ganharam das peludas com franca vantagem na pesquisa realizada no site da MEN’S HEALTH: 91% contra 9% (509 contra 50 votos). Claro que, se você tem parceiro fixo, pesa a preferência do moço. Saiba também que o fato de manter a região desmatada facilita a prática.

NINGUÉM NASCE SABENDO
Há outra coisa que você deve considerar: nenhum homem nasce com uma medalha no peito louvando suas habilidades no assunto. Você até pode dar sorte e esbarrar com verdadeiros peritos, mas também corre o risco de encontrar alguns desajeitados pelo caminho. A saída é procurar se conhecer — com masturbação — e aceitar que ensinar faz parte do jogo sexual. Trocando em miúdos, deixar claro para o garotão que não é para morder o clitóris — pois, da mesma forma que ele detesta que você passe os dentes no pênis, o descuido machuca sua vagina. Ela é cheia de terminações nervosas e não é má ideia chupá-la como se fosse um sorvete de casquinha, suavemente. Puxando o prepúcio para cima, uma área ainda mais sensível ficará exposta — caso não provoque algum tipo de nervosismo ou irritação, o resultado fará você subir pelas paredes. “Se as carícias forem acompanhadas de toques na região vaginal, as sensações aumentam e é mais fácil para a mulher chegar ao clímax”, diz Laura Müller. Usar a língua, fazer movimentos circulares, variar o sentido e as manobras, sugar, mamar, acelerar, desacelerar, colocar o dedo na vagina e no ânus, abocanhar todo o genital de uma vez (prepúcio, clitóris e lábios) — tudo isso pode e deve entrar no repertório do cidadão. E, se ele estiver fazendo direitinho o dever de casa, sinalize! A pesquisa apontou que 86% dos homens (482 votos) amam quando as garotas mostram claramente que eles estão acertando no alvo — gemendo, puxando o cabelo deles ou gritando. Portanto, dirija o moço para os caminhos do seu prazer.

AS TRÊS MELHORES POSIÇÕES PARA RELAXAR GERAL
Cada casal deve buscar seu encaixe. “As mais indicadas são aquelas em que ambos se estimulem, se excitem e tenham prazer. Depende da sincronia, e o divertido é descobrir junto”, sugere Jussania. Para quem é chegado num manual, no entanto, descrevemos abaixo três que parecem campeãs. “Algumas posturas realmente facilitam a atividade e, além disso, disponibilizam o acesso a determinadas áreas enquanto a língua faz seu trabalho”, diz Saadeh. E não se preocupe com o tempo que ele vai passar se dedicando apenas ao seu prazer. Na pesquisa com os leitores da MEN’S HEALTH, 73% disseram que é trabalhoso fazer uma garota atingir o orgasmo, mas que adoram vê-la se contorcendo; 20% juraram que é muito fácil; apenas 7% reclamaram que é difícil — quase tanto como acertar na Mega-Sena. Bem, se eles não têm pressa, por que você teria?
Então, chega de conversa e mãos à obra:

1. Ele deitado e você sentada, de joelhos Nessa posição, ele fica deitado, bem confortável, e você de joelhos quase sentada sobre o rosto dele, oferecendo toda a região genital. O bacana aqui é que deixa livre acesso para manipulação vaginal e anal – o que multiplica seu prazer! Para ficar à vontade e não se desequilibrar, você pode apoiar as mãos no espaldar da cama ou na parede.

2. Você deitada na beirada da cama, ele sentado ou ajoelhado em uma almofada no chãoAqui você permanece deitada de pernas abertas, permitindo ao gato desfrutar da paisagem e, claro, trabalhar com a língua no clitóris e adjacências. Tomara que as mãos dele, livres como estão, alcancem bumbum, coxas, barriga, seios...

3. Ele deitado e você de quatro sobre ele (quase 69) O grande tesão é que você fica livre para direcionar as partes do corpo em que deseja ser tocada — ele está parado, mas você movimenta seu corpo para a frente e para trás. Num momento, por exemplo, encaminha a parte genital para o nariz e a boca do mocinho, depois traz os seios... E tudo isso enquanto as mãos dele estão livres para acariciá-la à vontade. O quase 69 é porque você também pode querer abocanhá-lo em agradecimento — e duvidamos que ele reclame...

PUBLICADO NA REVISTA  MEN’S HEALTH

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Posição Sexual do Dia / Tesoura

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- Vantagens: muito estimulante para a mulher.
Deite-se de costas  e levante ambas as pernas. Depois do seu parceiro a penetrar, cruze as pernas à frente dele. Com o ato sexual e comece a fechar e a abrir as pernas como se fosse uma tesoura.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Coraçoes despedaçados precisam tirar férias antes de encarar um novo Amor.

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A busca do amor não é um percurso sem armadilhas e descaminhos. O sofrimento está sempre à espreita. Isso porque há, entre os seres humanos, muito mais desejo e amor irrefletido do que a preocupação em conhecer a pessoa que despertou esses sentimentos. E o desconhecimento, sabemos, é um perigo. Claro que as delícias afetivas e sexuais muitas vezes compensam os riscos e eventuais dissabores a serem enfrentados com um estranho. Mas às vezes os desencontros são tantos que o coração fica exaurido e sem esperanças,  implorando por férias! Cá entre nós, esta pode realmente ser uma boa ideia. Relaxar um pouco, repensar a própria história, curtir a vida de forma independente, exercer a solteirice e a disponibilidade são boas maneiras de curar uma desilusão. Além disso, conseguir ficar sozinho e bem durante algum tempo pode ser uma indicação tanto de saúde quanto de maturidade.
O fato é que o amor também pode maltratar. Sigmund Freud (1856-1939), o fundador da ciência do inconsciente, dizia que nunca estamos tão desprotegidos contra o sofrimento do que quando amamos, e que nunca nos sentimos tão infelizes do que quando perdemos o amor. Mas quem vai trocar uma paixão, mesmo que insensata, para seguir a sabedoria dos grandes pensadores? O coração é mais forte do que a mente, e esta dificilmente o pode controlar.
Há, naturalmente, aqueles que acertam nas escolhas. Algumas pessoas têm um incrível talento para conjugar amor e bom senso. Porém nem todos são tão felizes. Com frequência, a paixão “queima a partida” e sai na frente do conhecimento. É como se o “Messias” surgisse subitamente na pele daquele gato ou daquela gata, com a promessa de acabar com todas as carências e inaugurar um tempo de amor e felicidade.
Até mesmo quando as relações dão certo, há armadilhas a enfrentar. Como somos todos viúvos de relações imaginadas como perfeitas, as satisfações reais nunca parecerão completas. Essas fantasias de perfeição em nosso inconsciente estão na raiz da inconstância e da procura incessante pelo amor. Pior: a ideia do amor ideal não está só em nossa cabeça. Ela é vendida no mundo atual tanto pela televisão, quanto pelo cinema e pela publicidade. Tudo isso contribui para a intolerância e a insatisfação com os relacionamentos reais (às vezes, convém lembrar, eles são mesmo insustentáveis e é insensato tentar mantê-los).
É por todos esses fatores, e muitos outros, que o coração — velho de guerra! — às vezes quer um descanso! Mas não é fácil dar a ele as merecidas férias, como mostra a letra da música Aquela Velha Canção, de Marisa Monte (45) e Carlinhos Brown (49): “Confesso que fiquei magoado, eu fiquei zangado,/ mas agora passou, esqueci/ Não vou te mandar para o inferno porque eu não quero/ E porque fica muito longe daqui...”
Importante também dizer que essas férias de que falamos não podem significar um mergulho na vulgaridade dos tempos “líquidos” atuais, uma viagem ao reino das “periguetes” ou dos “perigueteiros”. A boa pausa é para meditação, não para a libertinagem. Quem realmente quer conceder uma folga ao coração precisa perdoar e esquecer os “ex”, aprender com a experiência, dela extraindo uma lição — quem sabe? —, que pode ser o prelúdio de um novo e exitoso 

Há quem escolha calar em determinadas situações por achar que este é um recurso para evitar problemas com o parceiro. Pura ilusão.

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O silêncio abre espaço para suposições que podem resultar desastrosas. Uma relação amorosa verdadeira requer simetria e também transparência. Um não pode deixar o outro no vácuo, sem saber o que está acontecendo.

O problema com o silêncio na relação está em que ele se oferece como uma perigosa tela em branco para as mais terríveis suposições. Muitas vezes aquele que cala imagina, ingenuamente, que assim evita conflitos. Na  verdade dá ensejo a eles. A pessoa submetida ao silêncio é compelida a mergulhar num torturante jogo de adivinhações, sentindo-se na maior parte das vezes impotente para mudar a situação. De caso pensado ou não, o silêncio consiste num exercício tirânico e perverso de poder.
Silenciar é uma forma de excluir o outro e, em geral, assume aos olhos do interlocutor o valor de uma punição. Com a interrupção da comunicação, teme-se que se tenha retirado também o afeto.
“Foi algo que eu fiz?”; “Foi algo que eu não fiz?”; “Foi algo que eu disse?”; “Um esquecimento, uma mancada?”, “Ofendi?”; “Magoei?”; “Feri?”; “Onde foi que errei?”. As hipóteses levantadas são inúmeras e, na maior parte das vezes, autorreferentes (formuladas na primeira pessoa), justamente em razão de o silêncio ser percebido como uma punição “merecida”, ainda que se desconheça o crime cometido. Esse tipo de leitura costuma ser feito por quem, a priori, se sente culpado. Incide, também, na vida de quem coloca o parceiro ou parceira no lugar de uma figura parental — a autoridade paterna ou materna —, que, então, teria em suas mãos o “divino” direito de deliberar sobre o certo e o errado, sobre o valor e sobre o destino do “filho” ou “filha”.
Para superar a dificuldade — ou grande parte dela —, é preciso, antes de mais nada, que a pessoa submetida ao silêncio reconheça o caráter simétrico da relação (em contraste com a assimetria esperada para uma estrutura relacional pai/mãe-filho/filha).
O silêncio é uma forma de comunicação, com a peculiaridade e o agravante de  ser “vazio”. A psique não tolera esse vazio e, então, preenche-o com suposições de toda ordem. Isso facilmente resulta em insanidade, atordoamento, sofrimento psíquico. Levando-se esse fato em conta, é fundamental brecar o levantamento de hipóteses e solicitar do interlocutor o clareamento de sua comunicação silenciosa. Costuma ajudar quando a vítima do silêncio é capaz de comunicar seus sentimentos. “Sinto-me refém de seu silêncio”; “Sinto-me punido (punida) por algo que desconheço”; “Não compreendo o que o levou (a levou) a modificar nosso padrão de comunicação”; “Sinto-me disponível para ouvir e tentar compreender, mas, para isso, vou precisar que você seja claro (clara)”; “Sinto-me mais seguro (segura) quando o que se passa pode ser explicitado”; “Acho importante você saber que, diante de seu silêncio, eu me sinto impotente.”
A transparência tem a grande vantagem de não enlouquecer, mesmo quando seu conteúdo é desagradável. A tortura do silêncio é infinitamente mais lesiva para o interlocutor do que qualquer realidade que o silencioso escolha calar.
A relação amorosa precisa ser democrática. Ou não será amorosa. O uso perverso do poder por meio do silêncio precisa ser cassado pela vítima. Esse gesto libertará a ambos, uma vez que a situação que se instala não é justa nem saudável para ninguém. É o dominado que autoriza o dominador — portanto, pode, da mesma maneira, desautorizá-lo.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Sexo raro, desde que bom, não é exatamente um problema.

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Com a rotina que se estabelece na vida do casal, o sexo tende a cair na mesmice, ficar sem graça e rarear, certo? Erradíssimo! Caso esse seja o retrato da vida de algum casal, dificilmente terá sido na sexualidade que nasceu o conflito. O mais provável é que o declínio nesse setor da vida a dois seja resultado de falhas do casal na avaliação das bases da união, antes de consolidá-la, ou nos cuidados com a intimidade conjugal, posteriormente.
O sexo não anda sozinho, da mesma forma como a despensa não volta a ficar suprida sem que providências sejam tomadas ou o vaso não volta a ter flores, se alguém não as coloca lá. O que quero dizer é que, tomada isoladamente, a assiduidade das relações sexuais não é termômetro para medir o sucesso ou o fracasso de uma relação.
No “período quente”, de intenso envolvimento emocional, comum nos primórdios de uma relação, a sexualidade de fato ocupa enorme espaço. É, muitas vezes, a principal forma de contato entre os amantes. Natural. Nessa fase, ainda paira certo “mistério” entre eles, pois não se conhecem direito. Disso resulta, inclusive, que as pessoas reais acabam por ser sobrepostas ou “preenchidas” pelas projeções e idealizações do outro.
O enlevo que costuma acompanhar tais idealizações cria uma aura de magia, que dificilmente sobrevive depois que os parceiros passam a se conhecer bem. O que entra no lugar dessa magia, porém, é algo ainda melhor: a consistência, o chão seguro, a chance mais certeira de que a paixão se transforme em amor. O sexo, como modalidade de contato, deixa de ser um veículo “que leva ao paraíso” e passa a ser uma maneira de se abrir para o outro e para si mesmo, aproxima-se da verdade e afasta-se da ficção. Vencida essa etapa, a preservação da motivação sexual será a prova de que a relação está destinada ao sucesso. Daí a importância de se avaliar com calma o terreno antes de um casamento, dando o tempo necessário para que as bases mais sólidas da relação tenham sido checadas. Garantido o chão, uma redução na assiduidade das relações sexuais não será indício de perda de motivação, desde que os parceiros tenham tido o cuidado de substituir a quantidade pela qualidade. Amores maduros trazem sexo melhor, mais intenso, mais degustado — ainda que mais raro.
Que o sexo caia na mesmice também não é necessariamente uma má notícia. Onde não se preserva “o mesmo”, não se tem noção de identidade. Não falo de cristalização, mas de um processo em movimento e evolução, embora conhecido. O problema é quando a mesmice se traduz por “ausência de alma”. O corpo comparece à cena feito um autômato, sem que a pessoa inteira esteja presente. Mesmice com alma é vida pulsante. Mesmice sem alma é morte. 
Por fim, não faz sentido dizer que “o sexo ficou sem graça”, porque ele não é um sujeito, não pode ficar ou deixar de ficar bom ou ruim. O sexo é função do relacionamento e só existe quando colocado em movimento pelas pessoas nele interessadas. A graça é algo que se imprime a ele, da mesma forma que se confere graça à decoração de uma casa, quando se investe energia psíquica nessa empreitada. A cor de uma residência, o alimento nela servido, a vida cultural da família, a qualidade da sexualidade de um casal — tudo isso expressa a visão de conjugalidade dos parceiros. Há que se cuidar dessa visão com carinho, para que se mantenha consistente e cheia de graça.

CONVERSA DE CASAL DEVE SER CLARA, GENEROSA, EQUILIBRADA E SERENA

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Já defendi neste espaço que um casal pode transformar as cansativas discussões da relação, ou DRs, em experiências gratificantes, mas para isso é preciso que a comunicação entre os envolvidos tenha cinco qualidades: precisão, clareza, generosidade, equilíbrio e serenidade. Toco de novo no assunto porque essas qualidades são tão importantes que merecem detalhamento.
Quando se pretende abordar com o parceiro qualquer assunto sério, convém, em primeiro lugar, exprimir objetivamente o que se deseja comunicar, ter rigor no foco. Isso é precisão. Para consegui-la, precisamos, antes, refletir. É através da reflexão que se obtém nitidez de pensamento. Ao sermos precisos, corremos menos riscos de nos perder na conversa, permitindo que outros assuntos se sobreponham ao principal.
Não é incomum que isso aconteça, pois no calor da discussão uma avalanche de problemas é lembrada e tudo parece ser importante. O casal inicia falando da negligência afetiva dele e logo está discutindo os decotes dela, o ronco dele, os problemas do filho na escola e até o mau humor da empregada. Nessas condições é quase impossível esclarecer e encaminhar a solução de qualquer problema. Antes de uma DR, portanto, devemos pensar bem e definir o assunto que pretendemos abordar. Se houver mais de um, convém estabelecer uma escala de prioridades — e tentar não mudar de tema enquanto o primeiro estiver em discussão.
Por serem complementares, precisão e clareza costumam ser confundidas, mas são diferentes. Claro é aquele que não deixa dúvidas. “Você deveria usar roupas mais folgadas”, disse o marido à esposa, evitando dizer que a achava gorda. Ela abriu a brecha para o marido ser claro quando respondeu: “Você está dizendo que estou gorda?” Mas ele se acovardou: “Não! É que eu acho que você poderia mudar seu estilo de vestir”.
As pessoas evitam ser claras em assuntos constrangedores. Falam pela metade. Com isso, acabam gerando dúvidas. O outro fica sem saber que atitude tomar diante do que parece ser, mas não está claro se é.
Ser preciso e claro é fundamental, mas não suficiente. Há que se ter também generosidade. Ser generoso ao comunicar é entregar-se, expor-se, permitir que o outro saiba dos sentimentos e pensamentos que nutrimos e que se referem a ele.
Ser generoso é mais do que ser sincero, implica abrir mão do controle — controle que exercemos, por exemplo, quando mantemos o outro ao nosso lado porque não temos coragem de assumir que não o queremos mais. Ser generoso é, nesse caso, deixar o outro saber que o amor que sentíamos acabou. Na DR, é generoso quem dá liberdade a si a ao outro para validar ou não a escolha feita no passado.
São conversas delicadas, e devem ser conduzidas com equilíbrio, sem dramas ou exageros do tipo: “Pra você tudo o que eu faço está errado”; “Você nunca me ouve”; “Esta casa está sempre uma bagunça”. Muitas DRs terminam em briga porque quando um fala assim, no superlativo, o outro se sente desafiado e passa a fazer o mesmo, numa crescente disputa de agressividade.
Por fim, é indispensável haver serenidade. É ela que constrói o caminho para o consenso, contrabalanceando emoção e razão. Como é isenta de julgamentos, críticas, rótulos e acusações, desarma o outro, gera segurança e estimula os parceiros a construir o alinhamento que se espera de toda DR.

SE UM INVESTE MAIS QUE O OUTRO, A RELAÇÃO PERDE O EQUILÍBRIO E DESANDA

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Um dos pontos importantes para que o encontro entre duas pessoas dê certo, é a equidade da relação. Como numa gangorra de parque de diversões, se o peso é maior para um lado do que para o outro, a coisa trava.
Perde-se o equilíbrio e também a harmonia.  Não é incomum que um dos parceiros tome para si as rédeas do relacionamento, deixando o outro numa posição submissa. Só que uma relação de amor não pode se basear no jogo dominador/dominado. Para valer a pena, ela precisa ser simétrica, com poderes, direitos e deveres equivalentes, nunca desiguais.
Quando a vida a dois é construída em bases díspares, um dos parceiros (geralmente aquele que é dominado) acaba se entregando mais, doando mais afeto, abrindo mais espaço para o outro e, também, esperando mais. A relação se torna uma via de mão única, sem reciprocidade, sem trocas. E ainda que o sentimento seja intenso, não se sustentará se o peso pender só para um dos lados. É preciso haver esforço de ambas as partes. Voltando à imagem da gangorra, se um dos dois não dá impulso quando baixa ao chão, a brincadeira perde a graça do sobe e desce; um fica sempre em cima e o outro fica sempre embaixo.
No amor é igualzinho: precisa haver investimento dos dois envolvidos. Quando algo faltar a um deles, o outro deve estar ali, pronto para ajudar. É assim que se constrói uma história. Quando só um estica o braço e ampara, fica uma relação capenga e desleal. 
Um período muito difícil de qualquer história de amor é a aceitação da outra pessoa como ela é e não como se gostaria que fosse. Não é fácil, eu sei. E olha que estou falando de situações corriqueiras. Se é assim para qualquer casal, imagine numa relação que entra em desequilíbrio. Qualquer chuvinha vira um temporal.
O que fazer, então, você deve estar se perguntando. Tenho algumas sugestões:
1. Logo de cara, bem no começo do envolvimento, é importante que os dois se certifiquem de que ambos desejam — no mesmo nível — que a relação dê certo. Assim, a doação nunca pesará mais para um do que para o outro.
2. O casal deve atentar também para as diferenças entre as personalidades de um e de outro, diferenças essas que podem ser até ser decorrentes do gênero: o homem em geral é mais direto, objetivo; a mulher prefere as curvas que passam pela emoção. Se um ou outro não tem consciência a respeito dessas diferenças, isso pode criar um desequilíbrio. Nesse caso, um simples ajuste pode resolver o problema. Basta que o casal abra o jogo e converse sobre o que está, afinal, incomodando.
Desejar alguém e não ter a contrapartida na mesma medida traz sentimentos contraditórios e de rejeição. Uma relação precisa de envolvimento, porque quem não se envolve não se desenvolve. Por isso, a necessidade de se investir na equidade e de falar sobre isso, cara a cara, sempre que necessário, sem recorrer à velha desculpa de que o outro “é assim mesmo”. Quem tenta levar um relacionamento adiante achando que um dia ele ou ela vai começar a investir mais, por conta própria, sem ter sido alertado para a importância que essa atitude tem para a relação, pode um dia acordar percebendo que o amado ou a amada já se foi há muito tempo, mesmo estando fisicamente ali do lado.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Conto ou não conto ao pretendente sobre minhas limitações?

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Queiramos nós ou não, limitações são inerentes aos seres humanos, o que significa dizer que todos as temos. Nossas limitações são justamente o que fazem de nós pessoas imperfeitas, e talvez seja exatamente isso o que dá graça e variedade a este mundo em que habitamos.

É comum recebermos, aqui , mensagens de usuários com dúvidas sobre como agir em relação a algumas de suas imperfeições no momento da conquista. Estas pessoas geralmente têm algum tipo de doença (ou tiveram no passado) ou necessidade especial, que muitas vezes gerou consequências físicas ou psicológicas. Há casos, por exemplo, de pessoas que tiveram um câncer, têm o vírus HIV, têm alguma deficiência física ou visual, entre outras. A dúvida principal é como contar ao pretendente sobre sua condição e se isso deve ser feito logo nos primeiros contatos ou somente posteriormente, conforme a relação caminhe.

Penso que o momento certo de contar sobre uma limitação a um pretendente é algo bastante individual e que não há apenas um modo de se fazer isso. Não existe, portanto, um “certo”. “Certo” mesmo será agir da maneira que a pessoa se sentir mais confortável.

E aí entra uma questão importante, que está diretamente associada a estar ou não confortável. Trata-se da maneira como a própria pessoa enxerga sua imperfeição. Esta última pode ser percebida simplesmente como uma característica, tal como são o temperamento, a personalidade, os gostos. Aqueles que têm esta visão de si provavelmente não terão muitos problemas em contar aos pretendentes sobre sua limitação. É possível que contem de maneira natural, no meio da conversa, sem qualquer alarde ou sem maiores tensões.

Outros, no entanto, podem ver suas imperfeições como algo negativo, debilitante, ou como um “defeito”. Estes certamente não se sentirão tão confortáveis falando sobre suas limitações logo nas primeiras conversas. Ao mesmo tempo, omitir esse dado é algo que gera incômodos, como se estivessem enganando o outro.

Mas será que elas estão mesmo enganando? A esta pergunta respondo com outras: será que alguém neste mundo é capaz de contar tudo ao outro nos primeiros contatos? Será que isso é mesmo necessário?

Volto, então, ao que eu disse antes. O “certo” é se sentir confortável. Se alguém não se sente confortável com qualquer característica sua, por que a expor a um pretendente? Se eu me considero ótima cozinheira e péssima motorista, por que cargas d’água eu teria que conversar com um pretendente sobre meus dotes na direção de um veículo? Nós conquistamos o outro com o que temos, e não com o que acreditamos nos faltar.

A impressão que tenho ao ler as mensagens a que me referi é a de que as pessoas que as enviam querem apresentar aos pretendentes um “pacote completo”, com tudo o que há para o outro saber sobre elas. Tentam antecipar, portanto, algo que só se tem com o tempo, conforme a relação se desenvolve. É somente aos poucos que vamos conhecendo o outro, que vamos entrando em contato com sua história, com seus “defeitos”, com suas dificuldades, com suas limitações.

O segredo de sedução de Don Juan / O personagem atravessou os séculos como uma referência masculina de sucesso com as mulheres

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Don Juan é o homem mais bem sucedido com as mulheres de toda a história da humanidade. Verdade que se trata de um personagem fictício. Mas é também uma projeção masculina do sucesso, do sedutor implacável e do homem capaz de dar tal prazer às mulheres que as escravizava à sua vontade.
Por isso, o personagem Don Juan percorreu séculos e eternizou-se. Dele, emanam tanto as referências masculinas quanto as dúvidas e medos que os homens sempre tiveram em relação às mulheres. Don Juan foi quem mais tentou desvendar os mistérios femininos. Entendeu a alma delas e as fez humanas, não mais deusas. Mas o sucesso não foi total e o mistério, pelas palavras do próprio Don Juan, sempre persistirá.
Don Juan transitou na literatura, na ópera e no teatro como personagem de Moliére, Mozart, Byron e Saramago. E mais recentemente nas telas de cinema. E até deu nome a uma síndrome, o dom-juanismo, ou seja, um transtorno psiquiátrico caracterizado pela compulsão por sedução.
Seja como for, o comportamento de Don Juan será sempre inspirador. Veja, abaixo, algumas frases extraídas do personagem capazes de ilustrar a maneira com que ele enxergava as mulheres, um ângulo tipicamente masculino e… sedutor.
“Há somente quatro questões de valor na vida. O sagrado. A matéria do espírito. Aquilo que faz a vida valer a pena e aquilo pelo qual vale a pena morrer. Para as quatro, há a mesma resposta: só o amor”
“Você já encontrou uma mulher capaz de te inspirar amor? De maneira com que você se sinta completo com ela? Você a respira, você sente seu gosto. Você vê uma criança latente em seus olhos e sabe que finalmente seu coração encontrou repouso.”
“O que você sabe sobre um grande amor? Alguma vez já saboreou uma mulher a ponto de ela acreditar que possa se satisfazer apenas consumindo a língua que a devora? Você já amou uma mulher de maneira tão completa que o som de tua voz pudesse fazer o corpo dela estremecer de tão intenso prazer que somente o pranto fosse capaz de libertá-la?”
“Eu dou prazer às mulheres, se elas assim desejarem. E será o maior prazer que elas jamais experimentaram. Nenhuma mulher saiu do meu abraço sem estar completamente satisfeita”.
“Alguns homens me contestam quando digo que todas as minhas mulheres são lindas. Dizem que o nariz daquela é muito grande, que as coxas da outra são muito grossas e que os seios da terceira são pequenos demais. Mas eu vejo essas mulheres pelo que realmente são: gloriosas, radiantes, espetaculares e perfeitas. Não sou limitado pelo que o olhar. As mulheres se apaixonam por mim porque percebem que eu busco na beleza interior a superação dos sentimentos. E dessa maneira, elas não conseguem evitar o desejo e libertam essa fera que me devora.”
“Toda mulher é um mistério a ser resolvido”

Amizade colorida, relacionamento aberto e ficar: você está preparada para curti-los?

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A sociedade vai mudando e junto os comportamentos e relacionamentos.  Com isso, as possibilidades de amar de forma mais livre se ampliam.

Uma dessas formas é a amizade colorida. Essa nada mais é do que a atração física entre duas pessoas que passam a ter relações sexuais. De repente, de uma amizade no começo, assexuada, pinta uma atração física. 

Elas não querem namorar, nem assumir um compromisso e nem quebrar essa amizade... Então, de comum acordo, se envolvem fisicamente, mas concordam em não cruzar a linha da amizade para um relacionamento sério.

O que diferencia a amizade colorida do relacionamento aberto? 

Numa amizade colorida, não há vínculos que não os de amizade.  E ninguém é de ninguém. Ficar é esporádico e depois de satisfeita a atração física, o relacionamento continua como se nada tivesse acontecido. Cada um pode apaixonar-se por outra pessoa.  Não há ciúmes, não há nenhum contrato.

No relacionamento aberto, há um contrato entre o casal:  aceitam-se escapadas sexuais, mas fica proibido o envolvimento emocional com outra pessoa que não o seu par oficial. Se surgir uma paixão, amor ou interesse além do sexual, há ciúme e traição.

É mito ou verdade dizer que não existe amizade entre homens e mulheres? 

Do meu ponto de vista existe, sim!  Muitos homens e mulheres têm relações de amizade duradouras, verdadeiras, sem nenhum apelo sexual. É uma amizade “tipo irmão”.

O que acontece é que muitas pessoas têm preconceito e gostam de fazer piadas sobre tais relações e acabam instigando esse mito.

Há quem defenda ser impossível não haver atração física entre homem e mulher. Uma equipe de professores da Universidade de Wisconsin-Eau Claire, nos Estados Unidos, resolveu ir atrás dessa resposta.

Segundo um estudo conduzido por eles e divulgado no começo desse ano, os homens são os que mais demonstram atração pelas amigas. A pesquisa foi feita com 400 adultos, com idades entre 18 e 52 anos, que cultivavam uma amizade com pessoas do sexo oposto.

A maioria dos entrevistados afirmou sentir ao menos um nível de atração pelo amigo ou amiga. Os homens, além de sentirem mais atração do que elas, também revelaram mais disposição a ter um encontro amoroso com as amigas do que as mulheres com os amigos.

Seis regras para uma amizade colorida poder dar certo:

1ª) Para uma "amizade colorida" poder dar certo as regras precisam ser claras entre os parceiros.

) Ninguém é de ninguém: na amizade colorida nada impede que ambos fiquem envolvidos e apaixonados por outras pessoas.

3ª) A amizade colorida deve ser encarada de maneira 'leve', sem cobranças, sem brigas e cada um vive a sua vida, mas sempre com respeito ao outro.

4ª) Receber ligações no dia seguinte?  Um jantar romântico? Um presente? Apresentar amigos e familiares? Nem pensar!

5ª)
 O difícil é quando desejamos terminar uma amizade colorida sem perder a amizade do parceiro envolvido.  O melhor jeito é conversar. Afinal, o maior sentimento entre esse par é a amizade, não é?  A partir do momento em uma das partes não está mais disposta a continuar com esse tipo de envolvimento, é importante colocar-se, ser sincera e deixar claro que não pretende estragar a amizade e que o círculo de amigos continuará o mesmo.

6ª) Sinceridade desde o começo de um relacionamento desse tipo é o primordial.  A amizade colorida só vale a pena se as duas partes estão conscientes e felizes com a situação.

Diferença entre amizade colorida e ficar
Na amizade colorida também há um sentimento muito forte de carinho pela pessoa.  Afinal, ela é amiga. Uma amizade colorida é algo mais duradouro do que o ficar: acontece mais vezes. Já ‘ficar' pode ser com qualquer desconhecido e acontecer uma vez só ou poucas vezes. 

Engana-se quem acha que as pessoas topam uma amizade colorida apenas por não se sentirem preparadas para uma relação séria. Nem sempre é assim.  Às vezes, as pessoas gostam de se sentir livres e sentem atração sexual por um amigo próximo. Por desejarem continuar solteiras e sem abrir mão do sentimento que existe com o amigo colorido, elas topam esse tipo de relação. Essa amizade amizade colorida pode pintar entre amigos de infância,  do dia a dia, da faculdade, do trabalho e de outras situações.

Relacionamento livre e consequências
  

Querida leitora, você deve ter percebido que fui dividindo as formas de se relacionar falando em ficar, relacionamento aberto e amizade colorida. É preciso estar atenta a eventuais mudanças que podem ocorrer dentro desses relacionamentos, pois embora o casal tenha determinada combinação na teoria, na prática, podem ocorrer infinitas possibilidades. 

Não é impossível de uma amizade colorida florescer um amor sincero e uma relação duradoura – mas isso não deve ser esperado por quem entre nesse tipo de relacionamento.

Quando os dois passam a ficar juntos com mais frequência, passam a sentir mais falta um do outro, passam a trocar mais mensagens carinhosas e planejam um jantar romântico..., nesse ponto, sem perceber, o casal já fez uma transição dessa amizade para o início de uma relação amorosa.

Mas pode acontecer de um dos dois querer terminar com a amizade colorida e o outro não. Ou de você ver o seu amigo colorido com uma outra pessoa. Será possível nesse caso que a amizade entre vocês continue? Por isso, veja se você está preparada para essa modalidade de relacionamento mais livre.

Meu marido me trai e quer que eu o ajude a mudar. O que fazer?

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Sentir-se trocado e desvalorizado pelo par gera extrema decepção, mágoa, frustração, angústia e destruição; além de se permanecer um bom tempo com um ressentimento irreparável.

É um trauma que fica, pois a ameaça é permanente e forte entre o par. O elo de respeito e confiança, uma vez rompidos, precisam ser reconstruídos. Isso no dia a dia do relacionamento, é uma tarefa árdua e exigente.

Quando ocorre a traição não basta simplesmente a compreensão da situação ou o pedido de perdão e a aceitação de quem foi traído. Muito precisará ser feito para que a estrutura do relacionamento seja reforçada e transformada.

Se a traição é um processo recorrente na vida desse homem (ou mulher) é importante que ele (a) passe por um processo de terapia, para que se possa avaliar o papel e o significado desse comportamento incompatível com o casamento. Um relacionamento fora do casamento pode mais atrapalhar e misturar os sentimentos do que acrescentar ou satisfazê-lo.

Caso a traição tenha sido uma eventualidade na vida desse marido (ou esposa), numa situação de angústia pessoal ou mesmo gerada por um desentendimento ou briga entre o par;  é preciso avaliar como ele (a) acabou cedendo à tentação e recorreu ao relacionamento externo.  Caso contrário, a ameaça de uma nova traição torna-se permanente, sempre que surgirem conflitos.

Nessa direção da permanência e reestabelecimento do casamento a esposa (ou marido) traídos teriam que estar dispostos a tolerar essa dificuldade. É um caminho e uma jornada difícil, mas se ambos se amam e acreditam que possam permanecer juntos e serem felizes, poderão explorar e buscar todas as alternativas para superação.

O que não se pode e não se deve, é ignorar a traição e achar que ela não pesará no relacionamento. Tem que se assumir o erro e fazer dele um aprendizado para que a situação não se repita. Para tanto, é fundamental a participação e envolvimento de ambos em todo o processo de recuperação e resgate do relacionamento.
Quatro procedimentos para o casal lidar com a traição:
1º) Esclarecer

Para iniciar o processo de reestruturação da confiança, é preciso que limpem a área, ou seja, não pode ficar nenhuma dúvida de que o que aconteceu é gravíssimo e que não cabe nenhuma possibilidade de voltar a acontecer. E se o desejo de ambos é de permanecerem juntos que lutem porv isso.
2º) Paciência e tolerância 
Ambos terão que ter muita paciência e tolerância um com ou outro. Afinal, a dúvida e desconfiança não serão desfeitas magicamente, mas sim com a reconstrução de um vínculo de confiança e segurança.
3º) Canal de comunicação aberto

É de fundamental importância que tenham um canal de comunicação aberto para que possam manifestar tudo que desejarem, mesmo que possa parecer algo muito simples e insignificante, para que nenhuma das partes alimente ou crie fantasmas.

4º) Amor

Os sentimentos, as emoções e a afetividade precisam ser manifestados, mesmo que depois de toda a turbulência enfrentada, isso seja muito difícil; é preciso um grande esforço para que não deixem de manifestar seu AMOR.

Não estrague sua transa

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Não existe época boa ou ruim para fazer sexo; você sabe que transar é uma das melhores coisas que há para se fazer na primavera, no inverno… Mas o verão é sempre o verão – e qualquer equação que envolva férias, baladas, sol, praia e mulheres de biquíni constitui uma combinação muito especial quando o assunto é sexo. O problema: se nessa época a oferta de sexo aumenta, os riscos se multiplicam na mesma proporção. Depois de uma exposição intensa ao sol, por exemplo, a imunidade pode cair e a possibilidade de contaminação por uma doença sexualmente transmissível (as temidas DSTs) aumenta.
Talvez você já saiba desses alertas e com certeza está cansado de ouvir lições de moral a respeito do uso da camisinha. Não faremos isso, fique despreocupado. A ideia aqui é mostrar que os velhos riscos de sempre, por mais incrível que pareça, não param de crescer: mesmo as doenças que a gente já conhece trazem problemas que a maioria das pessoas ainda desconhece. E, pior, nem sempre o que acreditamos ser uma verdade consolidada (“Use sempre camisinha”) é tão verdadeiro assim.
Parece mentira, mas uma pesquisa realizada com 8 mil pessoas pelo Ministério da Saúde em 2008 descobriu que os jovens são as pessoas que mais
se preocupam com o uso do preservativo – 68% dos homens entre 15 e 24 anos disseram ter usado camisinha na última relação com uma parceira casual; entre os homens com mais de 50 anos a proporção não chegou a 38%. Quem é que pensa mais com a cabeça de baixo do que com a de cima agora?
O problema é que, também seguindo a lógica, com parceiras fixas a situação ficaria em ordem. Ledo engano, segundo os dados do Ministério da Saúde: 30% dos jovens lembraram-se da camisinha na última relação sexual com a namorada ou esposa, e só 16% dos homens entre 25 e 49 anos seguiram a estatística… “O problema é antigo, apesar de a prevenção ser muito simples e igualmente antiga”, reforça Fernando Almeida, professor de urologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Usar camisinha em todas as situações: no sexo oral, anal ou vaginal.”
O fato é que o problema muitas vezes vem de onde a gente menos imagina – da nossa parceira de sempre, por exemplo. Não bastasse o fato de muitas DSTs serem assintomáticas, as mulheres ainda têm o órgão sexual interno, o que pode tornar mais difícil para elas perceber alguma eventual alteração. Já passou da hora de mudar de atitude. Se o conhecimento é a melhor arma para combater nossos inimigos, saiba mais sobre os novos e os velhos perigos sexuais aos quais você poderá estar sujeito no próximo verão e aprenda (de vez) a se cuidar.
HPV
Você com certeza já ouviu falar no HPV, o papilomavírus humano. Aliás, é capaz que até já tenha se infectado, uma vez que os especialistas afirmam que 75% da população sexualmente ativa entrou em contato com o vírus. Em 99% dos casos, o mal é silencioso e não apresenta sintomas. Mas o 1% restante causa dores de cabeça caprichadas – a começar pela doença popularmente conhecida como crista de galo, uma verruga genital. “E existem mais de 200 variações desse vírus, classificadas como de baixo ou alto risco para causar câncer”, diz Roberto Carvalho da Silva, urologista do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids do estado de São Paulo.
Você não leu mal: o vírus sexualmente transmissível mais disseminado do planeta pode levar ao câncer. Talvez você já conhecesse, nas mulheres, a ligação entre o HPV e o câncer de colo de útero. Pois os pesquisadores estão descobrindo uma forte relação do vírus com casos de câncer de boca e de orofaringe (região da boca que compreende o orifício da cavidade bucal, a base da língua, o palato mole e as amídalas), e aí o risco é dos homens também. A razão? Sexo oral desprotegido – não, o vírus não compra pacotes turísticos do seu pênis para sua boca.
Um estudo da Universidade Johns Hopkins (EUA) observou essa relação pela primeira vez. Apesar de o número de jovens fumantes ter diminuído, os casos de câncer orofaríngeo aumentaram espantosamente. A conclusão: quem fez sexo oral em seis ou mais pessoas durante a vida têm o risco de desenvolver a doença multiplicado em nove vezes, e por culpa do HPV – mais especificamente do tipo 16, o que leva ao câncer de colo de útero nas mulheres. O Hospital A. C. Camargo, em São Paulo, já observou uma associação de 80% dos tumores de orofaringe com o papilomavírus; há dez anos a relação não chegava a 25% dos casos.
“O HPV está substituindo o álcool e o fumo como principal causa desse câncer bucal”, diz o americano Ted Teknos, professor do Centro de Câncer da Universidade Estadual de Ohio. Segundo a pesquisa americana, o vírus aumenta o risco de câncer orofaríngeo em 32 vezes; um histórico de adição ao cigarro, “só” em três vezes. “Enquanto multiplicam as células de forma acelerada – isso é o que produz a verruga, no caso do pênis –, os vírus dos subtipos 16 e 18 têm mais riscos de sofrer mutações e se tornar malignos”, explica Paulo Egydio, consultor de urologia da MH.
Os números também não são motivo para começar uma greve no sexo oral: a prevalência do tipo 16 do HPV entre as mulheres é de menos de 1,5%, e as chances de cura do câncer orofaríngeo chegam a 90%, especialmente se o paciente não fumar. A receita para a cura e a prevenção é igualmente simples: basta se cuidar. Este ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina contra HPV em homens – desde 2008 as mulheres podiam ser imunizadas. A vacina pode ser aplicada em garotos a partir dos nove anos de idade, e custa em média 900 reais. “Os pais têm que conhecer a importância de vacinar as crianças: se isso for feito antes do primeiro contato sexual, é mais eficaz”, garante Paulo Egydio. Mas, segundo os especialistas, mesmo que já tenha sido exposto ao HPV, o homem pode se dar bem, porque reduz os riscos de uma nova infecção e de câncer. Ao observar feridas, lesões ou verrugas no pênis, coceira ou ardência na região genital ou nódulos nas glândulas linfáticas do pescoço, procure um especialista.
HERPES
Este outro velho conhecido é provocado por dois tipos de vírus; um atinge com mais frequência a região oral, outro a região genital – e a transmissão de ambos acontece por meio do sexo (oral, anal e vaginal) sem camisinha com uma pessoa infectada. A doença se caracteriza por uma sensação de ardor que, em alguns dias, dá lugar a pequenas bolhas na ponta do pênis – elas correm o risco de estourar e virar feridas. Em dez dias o período de crise se aquieta espontaneamente, mas o vírus continua hospedado, esperando a oportunidade para atacar de novo e jogar sua autoestima lá embaixo – especialmente no verão, já que fatores comuns à estação costumam disparar as crises. “O protetor solar no corpo todo se torna mais importante, por exemplo, porque os raios ativam o vírus”, afirma Roberto Carvalho da Silva. Falta de sono, bebida demais e sexo constante e intenso também provocam as crises, então redobrar os cuidados e controlar os excessos é regra-chave para quem tem o mal. Se descobrir o vírus, além do tratamento com antivirais, capriche na higiene, lave bem as mãos e não fure as bolhas.
GONORREIA
Trata-se de uma infecção causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Ao se alojar na uretra, ela provoca uma secreção amarelada e espessa, e ardor ao urinar. “Os homens levam vantagem porque, em geral, procuram ajuda mais cedo do que as mulheres, já que não é normal ter secreções desse tipo”, diz Paulo Egydio. Elas costumam achar que a doença é só um corrimento, e aí quem pode se ferrar é você – a transmissão da gonorreia acontece também no sexo oral, condição que nem todos conhecem. O auxílio de um especialista quando os primeiros sintomas aparecem é fundamental: o tratamento é simples (com antibióticos) e a cura, possível – algo relativamente incomum em casos de DSTs. Quem não se trata corre o risco de ter inflamações na próstata e no epidídimo, além de ficar estéril.
SÍFILIS
Há bem pouco tempo houve quem alardeasse que a sífilis estava erradicada. Mas a doença ganhou força nos últimos anos. Causada pela bactéria Treponema pallidum, ela é conhecida como cancro duro na fase primária, graças a uma ferida de base dura que aparece no pênis de 21 a 30 dias após o contágio – se não houver sintomas, mas uma suspeita, um teste laboratorial pode ser feito entre uma e três semanas depois do contágio. O problema: como o tal cancro duro não causa dor nem incômodo, e desaparece por si só depois de um tempo, muita gente o confunde com uma alergia. Mas, aí, a bactéria pode ficar incubada durante anos e se manifestar em algum momento futuro, ou progredir para a sífilis secundária (que causa manchas na pele, queda de cabelo) e problemas bem mais graves. Se tratada na fase inicial, com antibióticos, entretanto, a doença não evolui.
HIV/AIDS
Pois é, em quase 30 anos de conhecimento da doença, ainda não descobrimos uma vacina que previna contra o HIV. Outro dado curioso? No mesmo período os cuidados também não mudaram – sim, estamos falando da boa e velha camisinha. Apesar disso, eles ganharam um motivo a mais para ser feitos: uma multiplicação enorme de casos, principalmente entre as pessoas tidas como mais insuspeitas, as mulheres. Segundo dados do Ministério da Saúde do Brasil, havia 26,5 casos masculinos para cada caso feminino na década de 1980; hoje, a proporção é de 1,5 homem infectado para cada mulher na mesma situação. Encapar o amigão, portanto, é mais do que nunca um item de primeira necessidade. “Se a camisinha estourar e você souber que a parceira é portadora do vírus, procure um médico e peça um coquetel anti-HIV, combinação de três medicamentos que previnem contra o vírus”, orienta Ronaldo Hallal, infectologista e coordenador do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Inimigos ocultos sob os lençóis
3 DSTs que, ainda que pouco conhecidas, têm riscos tão grandes quanto HIV, sífilis…
HTLV Esse retrovírus (vírus que se reproduz com material da célula que invade) já esteve ligado ao HIV – os cientistas isolaram o vírus da aids justamente ao diferenciá-lo do HTLV. Igualmente transmitido em relações desprotegidas, transfusões de sangue e compartilhamento de seringas, ele só se manifesta em 5% dos casos. Mas os sintomas são bem graves. “Além de males de pele, há doenças neurológicas e até leucemia”, lista o patologista Jorge Casseb, do Ambulatório de HTLV do Instituto Emílio Ribas (SP). “A cada 400 pessoas que doam sangue em SP, um porta o vírus, e no Nordeste os casos são ainda mais frequentes.”
Uretrite por clamídia
Casos de uretrite (a inflamação da uretra, que provoca um corrimento) comumente são ligados à gonorreia e à sua característica mais marcantes – a secreção amarelada e grossa. “Mas se nota cada vez mais uma associação da doença com a bactéria da clamídia”, alerta o urologista Paulo Egydio, consultor da MH. “Além de uma secreção mais clara, que mancha a cueca, há coceira e ardência no canal da uretra.” Os sintomas começam a aparecer cinco dias após o contágio, e o tratamento é feito com antibióticos.
Cancro moleA doença predomina no sexo masculino – a proporção é de 20 a 30 casos em homens para apenas um nas mulheres. A transmissão da bactéria Haemophilus ducreyi acontece (claro!) no ato sexual. De dois a 15 dias após o contágio, a pessoa sente febre, fraqueza e dores de cabeça e, na sequência, aparecem pequenas feridas com pus na cabeça do pênis e no ânus. Duas semanas depois desses sintomas ainda surge um caroço avermelhado e igualmente dolorido na virilha
(a popular íngua). O tratamento com antibióticos é essencial para que a doença desapareça.
INOCENTES CULPADOS
Quando o sexo não é o maior vilão de uma DST
Doenças venéreas às vezes aparecem com mais facilidade por causa de outros fatores – que a gente sempre imaginou serem inocentes… De uma gripe a uma micose na virilha ou ao álcool, que altera o pH da urina, as defesas do seu corpo diminuem e as DSTs encontram um terreno bem mais preparado para se instalar. “Uma doença bacteriana ou viral envolve o estado do hospedeiro – no caso, o homem”, afirma o consultor de urologia da MH Celso Gromatzky.
“Se o sujeito estiver com a imunidade sistêmica ou local diminuída, fica mais propenso a adquirir o agente”. Nesse caso, a baixa resistência local pode começar, por exemplo, com passar o dia com o calção molhado – isso favorece o aparecimento de fungos na região genital, que deixam a pele do pênis menos íntegra e abrem caminho para uma DST.
Matéria publicada na Revista Men’s Health de novembro de 2011.

Saiba com antecedência se o sexo vai ser quente, por meio de gestos e atitudes dela

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É um enigma tão velho quanto o conhecido sorriso da Monalisa: às vezes mulheres tímidas tornam-se selvagens na cama; às vezes elas só se deitam, esperando que o mundo venha a seus pés. Em outras ocasiões, aquela jovem que aparenta ser cheia de energia é apenas isso mesmo: aparência; mas também pode ser que ela seja tão excitante quanto indica ser.
Isso me faz imaginar: é possível prever com certeza como é uma mulher na cama? Os cientistas que estudam o amor dizem que sim – alguns pelo menos.
“É muito difícil de medir”, explica Helen Fisher, antropóloga da Universidade de Rutgers e autora de Why We Love (em português, Por que Nós Amamos), um novo livro sobre a natureza e a química do amor. Uma mulher de salto alto, minissaia e um andar insinuante significa pouco. “Esses são sinais de intenção. Mas não indicam que a pessoa é realmente boa de cama e compatível com você.”
Então, além daquele velho clichê sobre como ela dança, a que outros sinais um homem pode se ater? Comece por estes:

Ela sugere comida tailandesa para o jantar
Atente pra “Ai-eu-não-sei… O-que-você-prefere?”, expressão utilizada por garotas de comportamento passivo. Uma mulher que sabe e fala o que quer é mais propensa a ter uma atitude mais positiva na cama. Bons amantes assumem a responsabilidade pelo prazer delas. E poupam um bom tempo que seria gasto com adivinhações.
“Predileções na cama são tão diferentes quanto gostos de comida”, diz Fisher. “Uma pessoa pode gostar de comida japonesa e detestar pizza. Algumas mulheres querem ter seus mamilos mordidos; outras pedem para que você seja mais delicado”. Hoje as mulheres não são mais tímidas. “No passado, não dormiam com homens o bastante para saber o que queriam”, diz Fisher. “Mas agora, elas estão se tornando mais experientes e exigentes”.

Ela manda pra dentro
Repare como ela lida com os talheres. “Veja como ela usa o garfo. Ela gosta das coisas? Ela parece sensual? Come muito ou pouco?” diz Candida Royalle,¿veterana atriz de filmes pornô. “Se alguém come devagar, é provável que goste de fazer amor por um longo tempo.”

Ela grita… por sorvete de café
Você pode encontrar seu amor perfeito comparando os gostos de sabores de sorvete, diz Alan Hirsch, neurologista e diretor da Smell and Taste Treatment and Research Foundation de Chicago. Dr. Hirsch conduziu um estudo com 720 pessoas, entre 24 e 59 anos, no qual foram relacionados¿a personalidade, os sabores preferidos de sorvete, os sabores preferidos de seus parceiros e o estado civil de cada pesquisado. Adoradores de sorvete de café – considerados dinâmicos, sedutores e paqueradores – são mais compatíveis com aqueles que gostam de sorvete de morango. Mulheres que gostam de baunilha (emotivas e que gostam de demonstrações públicas de afeto) se derretem mais por caras que gostam de chocolate com amêndoas e marshmallows. Fãs de chocolate com menta sentem atração por aqueles que têm o gosto por este mesmo sabor.

Ela fala igual a você
“A primeira coisa a se procurar é uma postura parecida de comportamento e tom verbal”, explica Michael Cunningham, professor de Psicologia Social na Universidade de Louisville. “Isto é, se o ritmo e o comportamento não-verbal é parecido com o seu, o comportamento sexual dela, que também é não-verbal, provavelmente será similar. Se uma pessoa parece devagar, enquanto a outra irrequieta, elas vão ter diferentes ritmos sexuais
“Se alguém diz algo e o outro muda de assunto”, ele diz, “elas não estão em perfeita sintonia. Elas provavelmente não irão se dar bem no sexo também”.

Ela sabe das coisas
Mulheres jovens muitas vezes não estão relaxadas o bastante para terem orgasmo”, afirma Fisher. Mulheres experientes sabem o que querem e vão dizer para você o que elas querem. “Elas percebem que se elas tiverem orgasmos freqüentemente, será melhor para o homem no longo prazo”.
Na menopausa, “os níveis de estrógeno diminuem, revelando o poder da testosterona”, explica Fisher. “Isso permite às mulheres serem mais críticas e exigentes, e muitas delas se tornam mais interessadas em sexo”.
Ela beija bem
“O modo com que você beija diz muito sobre como você transa”, diz Ava Cadell, sexóloga em Los Angeles. Não é somente usar os lábios; é usar o corpo todo. Se ela usa as mãos em você, aperta os peitos em você e geme, ela será uma grande parceira. As melhores parceiras sexuais também criam uma preliminar. Elas começam com selinhos,¿ beijam seu lábio superior e chupam o inferior, enquanto isso brincam com seu cabelo, com as mãos… É como uma dança. E falando de dança…

Ok, legal: ela dança bem
Enquanto eu estava pesquisando para escrever este artigo, todo amigo para quem eu pedia sugestões me indicava procurar por uma mulher que dançasse bem. Eu estava relutante a incluir isso. Sou casado com uma dançarina, e¿odiava a chateação que eu tinha quando um cara descobria o que minha esposa fazia. Segundo: eu tinha medo de perguntar a um antropólogo de respeito: “Então, se uma garota é dança bem, ela será boa de cama?”
Fisher não recuou. “Existe uma parte de dança durante a transa. E dançar é algo que demanda energia, o que sugere que alguém está em boa forma”, ela comenta. “Mas o que acontece é que o ato de dançar pode indicar se alguém é sociável e autoconfiante”. Assim sendo, me sinto bastante aliviado. Todos aqueles caras fantasiando sobre minha mulher estão realmente pensando, Uau! Veja como ela é autoconfiante!

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