A imagem do ciúme é de um animal com garras aduncas, com garras afiadas, pronto para agarrar a presa. Não é uma imagem muito bonita, muito menos uma imagem de amor. Esta é a imagem. Mas como podemos definir o ciúme? E mais: como podemos superar o ciúme?
Pensar que a outra pessoa com quem me relaciono é minha – é o que define o ciúme. O ciúme é posse, baseia-se na ideia de que (ele ou ela) é (meu ou minha). Ora, a outra pessoa não é sua. A outra pessoa é outra pessoa, não é um objeto que você pode ter, como você tem um quarto, um celular, um computador…
Mas pensamos:
Este celular é meu.
Este quarto é meu.
Este computador é meu.
Este é meu namorado.
Esta é minha namorada.
Eu fico vendo quantos relacionamentos bons, que poderiam durar a vida toda e com felicidade, acabam por esta ideia e este sentimento de posse.
Afinal: você possui seu namorado? Você possui a sua namorada?
Se você morrer, a pessoa não estará no seu testamento, como poderá estar seu carro ou casa… ou seja, a outra pessoa não é sua!
E como acabar com este sentimento? Com estas ideias?
Para algumas pessoas pode até não ser fácil acabar com o próprio ciúme. Para estas talvez seja necessário realizar uma psicoterapia com um psicólogo ou psicóloga de confiança.
Para as outras pode-se começar a ter consciência destes fatores citados acima.
“Pessoas independentes de ti” – como nos diz Fernando Pessoa. Sim, os outros são pessoas independentes de mim, também com sonhos, desejos, sentimentos, vontades…
Outra característica do ciúme é querer controlar. (Também baseia-se na ideia de que a outra pessoa é minha posse, então – como um cachorro domesticado – tem que agir como eu quero).
Podemos influenciar sim o comportamento das outras pessoas. Algumas linhas da psicologia americana, como o behaviorismo, estudam as formas e métodos para se fazer isso. O uso pode ser fantástico como ajudar autistas a desenvolver a fala (influenciando o comportamento verbal deles).
Mas, em última instância, não é possível controlar totalmente o outro. Existe uma dimensão que torna justamente isto impossível. É que cada um de nós possui um mundo interno – o que os behavioristas chamam de comportamento (verbal) encoberto.
Sim, veja uma pessoa na sua frente, em silêncio. Como você vai controlar o que ela está pensando (em silêncio)? Como você vai saber o que ela está pensando, sentindo, desejando?
Sim, não dá para saber. Não dá para controlar, não é mesmo?
Então, como acabar com esta vontade de controlar o comportamento do seu namorado ou de sua namorada?
Se você não pode controlar o que ela pensa ou sente (muito menos do que você poderia controlar o que ela faz ou deixa de fazer)… como acabar com esta característica do ciúme?
Simples: lembre-se desta frase: “Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar”….
Ao invés de criar a imagem das garras que agarram um objeto qualquer, crie para o seu amor a possibilidade de voar, de ser livre, de pensar e sentir como um ser humano real (e não como um objeto que é posse sua), e…assim… se a pessoa voltar, terá motivos para voltar…e voltar…e voltar…
Olá!
ResponderExcluirAcredito que o ciume apenas se torna uma doença psicológica quando a pessoa não aceita que o outro pode ter comportamentos duvidosos. Mas quando o outro lado percebe e se tem verdadeiro amor, com certeza irá cooperar em tratamentos, diálogo e evitar situações que possam fazer o relacionamento pegar fogo.
Beijo
Estou levando seu link para o blog, achei uma gracinha.
ResponderExcluirdepois confere.
Beijo