quinta-feira, 31 de maio de 2012

Dica de Livro: Mediando conflitos no relacionamento a dois.

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A felicidade no relacionamento á dois é uma busca constante na maioria das pessoas.

Homens e mulheres passam boa parte da vida à procura de seu par, àquele ou àquela com quem vai compartilhar o seu futuro, sonhos, angústias, medos... Alguém em que possa confiar, construir uma família feliz...  E, finalmente, quando as partes se encontram, é como se o sonho estivesse prestes a se realizar.

O início da vida a dois parece perfeito e muitas vezes realmente é.

Mas  fato é que o casamento uniu duas pessoas que cresceram com valores e estilos de vida diferentes, fatores que na época do namoro pareciam não fazer diferença.

Muitas vezes o casal só desperta para essas diferenças depois de meses, ou até mesmo anos de casados e, infelizmente, nem todos, conseguem superar com o entendimento.

Dai o grande número de casamentos desfeitos. Levantamento recente feito pelo Colégio Notarial do Brasil revelou que em 2011 os cartórios registraram 50% a mais no número de divórcios do que em 2010.

Atenta a essa situação a mediadora de conflitos, Suely Buriasco, escreveu, pela editora Novo Século, o livro Mediando Conflitos no Relacionamento à Dois.

Suely Buriasco é mediadora de conflitos, tendo atuado junto a casais no Fórum de Santana, em São Paulo e atuando hoje em dia no Fórum de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, além de realizar atendimento em seu consultório na Avenida Paulista.

No livro ela revela os principais motivos que levam os casais á separação, exemplificando com histórias baseadas em fatos reais.

“O relacionamento humano é um tema que merece muita atenção pela complexidade que representa. As grandes dificuldades estão intimamente ligadas à forma como sentimentos e emoções são manifestados. Cada pessoa tem sua maneira de enxergar e se portar diante da mesma situação. Nos atendimentos em consultório, ou nos Fóruns, percebi que os conflitos surgem pela inabilidade em que as duas partes têm em lidar com os diferentes pontos de vida e pela falha na comunicação. A relação à dois é feita de cobranças: eu dou amor e por isso quero ser amado. Mas em se tratando de sentimentos e emoções isso é impossível. E ai podem surgir as decepções, desencadeando muita dor e sofrimento, mas que podem ser evitados com a desarticulação do princípio gerador dos embates humanos: a falta de compreensão e respeito pelo outro, o que é possível através da Mediação. Meu objetivo com este livro é destacar situações comuns do cotidiano de um casal, tentando facilitar o entendimento entre as partes. Não tenho a ambição de solucionar os problemas conjugais do leitor, mas sim de levar o casal à reflexão diante de situações que parecem irreversíveis. Muitos se decepcionam com seus semelhantes a ponto de perder totalmente a confiança no ser humano e constroem verdadeiros “muros mentais”. Mas confiar, é dar chance para que provem que também são pessoas dignas, ou que, no mínimo, estão dispostas a tornar-se.”

Em Mediando Conflitos no Relacionamento á Dois Suely Buriasco fala sobre a finalidade do casamento, diferença entre amor e paixão, a rotina, ciúme, insegurança... Explica quais são os sinais de alerta de um casamento em crise. Fala sobre o respeito a individualidade, as crenças, a chegada dos filhos. Toca em dois assuntos polêmicos, a infidelidade e a violência doméstica. É possível superá-los?

Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois
Páginas: 192
Edição: 1ª  
Preço: R$ 34,90
Formato: 16 x 23
Acabamento: Brochura
ISBN: 978-85-7679-658-9
Categoria: Relacionamento 

Dica de Livro: Amar, o que ela mais deseja, e Respeito o que ele mais precisa.

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Autor: Emerson Eggerichs
Uma excelente dica para quem deseja construir um relacionamento em alicerce verdadeiro e duradouro. Esse livro é indicado para quem quem ainda não casou e também aos casados que estão vivendo vivendo um momento conturbado, mas que desejam restaurar o relacionamento.
A relação entre a necessidade de amor e de respeito no relacionamento conjugal tem tudo a ver com o tipo de casamento que você terá. E à medida que ambos teimam em desrespeitar essa lei básica da convivência do casal, dão vazão ao que Emerson Eggerichs denomina ciclo insano, que, sem dó nem piedade, destrói a harmonia conjugal. 

O Dr. Emerson Eggerichs ganhou notoriedade internacional explicando as diferentes linguagens com as quais homem e mulher se comunicam no casamento e como o desconhecimento dessa peculiaridade dificulta o relacionamento do casal.

A mulher precisa se sentir amada por seu marido para que consiga respeitá-lo. Ele, por sua vez, deve sentir-se respeitado pela esposa para conseguir amá-la. É uma via de mão dupla, criada por Deus para que o casamento seja bem-sucedido.

No livro Amor e Respeito Dr. Eggerichs explica como quebrar as barreiras de comunicação que impedem a compreensão mútua. O autor compartilha os passos necessários para minimizar o estresse de uma relação entre pessoas bem-intencionadas, mas despreparadas para vencer as barreiras de comunicação naturais entre marido e mulher.

O livro apresenta cinco partes:
- Um pequeno curso sobre amor e respeito
- Verdades vitais para uma boa comunicação
- O ciclo insano que acaba com a comunicação
- Satisfazer a necessidade do cônjuge: estratégia para restaurar a comunicação.
- O ciclo recompensador e a comunicação restaurada.

O Dr. Eggerichs reserva para o final do livro uma série de dicas práticas, que tornam ainda mais fácil a aplicação dos princípios desenvolvidos. Conservando sua abordagem simples, mas não menos profunda, ele mostra passo a passo como se inserir no universo do outro evitando comportamentos e mensagens que ampliem a distância entre os casais.




Dica de Livro: O que toda Mulher Inteligente deve saber

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Com apenas 153 páginas, os autores trazem como tema a importância de desenvolvermos um tipo diferente de inteligência: a capacidade de manter relacionamentos sadios e equilibrados. Ou seja, fala da autoestima nos relacionamentos amorosos. Escrito de uma forma bem humorada e de fácil leitura, vamos aprendendo com exemplos reais, pequenas lições e excelentes conselhos de como devemos fazer para conquistar a sabedoria necessária para encontrar a felicidade amorosa.
É um livro leve que traz muitas verdades, pois chorar por um cafajeste, sofrer por um término de relacionamento e cometer os mesmos erros fazem parte do dia-a-dia feminino quando se trata da árdua tarefa de encontrar um amor.
Esse livro te dá a oportunidade de refletir sobre seus comportamentos nas relações amorosas, identificar seus erros,  analisando atitudes e sentimentos, te levando a descobrir qual o melhor caminho para um amor maduro e seguro.
Vou colocar aqui os “Onze mandamentos para uma mulher inteligente”:
• Manter todas as expectativas fundamentadas na realidade.
• Nunca esquecer suas prioridades ou o seu eu.
• Não se dedicar a um homem mais do que ele se dedica a você.
• Não esperar por um homem mais tempo do que ele espera por você.
• Não passar mais tempo analisando os problemas de um homem do que você passa tentando compreender os seus.
• Não transformar um homem mortal no próprio Deus.
• Não cobiçar a vida de sua vizinha.
• Julgar todos os homens pela consistência de suas ações, e não por suas palavras.
• Não tolerar nenhuma forma de abuso.
• Desenvolver seus próprios talentos, seu próprio potencial e sua própria independência.
• Ser justa com os homens de sua vida e esperar justiça em troca.
Além dos onze mandamentos, ou autores trazem outros tópicos, que acreditam ser o que toda mulher inteligente deve saber:
- Como distinguir os homens certos dos errados;
Quando acreditar no que ele diz e quando cair fora;
-Como identificar um homem potencialmente violento;
- Como lidar com uma separação.
Os autores acabam nos ajudando a resgatar nossa autoestima e a termos consciência de que devemos primeiro nos valorizar e ser feliz conosco, para depois encontrar a felicidade a dois.

Dica de Livro: Como dar um gás no seu relacionamento!

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Título Original: Retool Your Relantionship
Autor: Trina Dolenz
Lançamento: 2011
Páginas: 239
Formato: Impresso
Categoria: Auto-Ajuda
Editora: Lua de Papel (Parceria)

Sinopse: Muitas mulheres gostam de seus parceiros, sentem que tem certa conexão e cumplicidade, mas percebem que, nos pequenos detalhes, eles cometem falhas graves, que podem parecer falta de consideração, interesse ou simplesmente tato ao lidar com elas. Os homens acham que são coisas simples e tratam essas pequenas falhas como algo que não devem perder tempo e nem vale a pena conversar. O que fazer? [...]A genialidade singular e subversiva de Como dar um gás no seu relacionamento é que o parceiro não fica sabendo que ele está trabalhando para melhorar a relação. O segredo é a chave para o programa de Trina Dolenz. O que pode parecer para o namorado um dia normal se transforma, na verdade, em um exercício dinâmico de comunicação, argumentação positiva e redefinição dos papéis sob sua orientação.


Quando você é a única das quatro coordenadoras da Sociedade que possui um relacionamento sério a longo prazo, digamos que sua voz de opinião some no meio dos infindáveis gritos clamando seu nome na caixa de entrada do seu e-mail. Por fim, em meio a uma votação, você é presenteada com o livro auto-ajuda chamado “Como Dar um Gás no Seu Relacionamento” da terapeuta Trina Dolenz.
O livro provavelmente é a bíblia dos livros auto-ajuda, caso você queira começar a escrever um, pegue “Como Dar um Gás no Seu Relacionamento” como base. Trina conversa com seu paciente-leitor do mesmo modo que deve conversar com os pacientes-telespectadores do programa Tool Academy, que de acordo com o livro é um grande sucesso transmitido pelo Canal VH1.
Nos primeiros capítulos a terapeuta ajuda a entender você mulher, quem eram seus pais, e quem eram os pais destes seguindo base de que todo relacionamento que você construir é partida da base que você seguiu o exemplo de relacionamento de seus pais, e seus pais tiveram a base de seus avós e assim por diante, criando uma hierarquia de exemplos de relacionamento, sem que você saiba você está seguindo o mesmo caminho, mesmo quando você não o quer seguir.
A ideia da terapeuta é que entendendo você mesma, será capaz de entender seu parceiro, suas vontades, desejos e a forma de pensar, melhorando o desempenho de seu romance. Entendendo você e seu passado, você passará de um código desconexo para uma simples equação na cabeça de seu parceiro.
O livro conta com 10 passos para isso acontecer. Dez sacrificantes passos para aqueles que não suportam ler auto-ajuda, menos ainda quando você, em um relacionamento sério, começa a ler e pensar “Nossa, mas eu falo exatamente assim quando quero explicar algo para o L.” e começa a concordar quando Trina explica como você age quando esta brava com seu namorado. E começa a pensar se você é tão louca como aquele livro diz que você é. Mais vinte páginas e você teria que fazer uma terapia de verdade.
Mas, para aquelas que realmente precisam de um tubo de oxigênio para a sobrevivência do relacionamento, ao ler o livro de Dolenz, não se esqueçam de um caderno e lápis, pois a cada final de capítulo terá que fazer um exercício, iguais aqueles que nós tínhamos que fazer no ensino fundamental, cinco minutos antes da aula acabar.E para aqueles que estão se perguntando, bem, eu detestava os exercícios de final de aula e nunca sequer fiz algum na vida.


As mulheres brasileiras estão mais irresponsáveis: diz IBOPE

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As mulheres brasileiras se previnem menos que os homens em relação à aids, de acordo com uma pesquisa divulgada , pelo Ibope. Enquanto 55% dos homens afirmaram usar camisinha em todo novo relacionamento, o índice para elas foi de 49%.

De acordo com o Governo Federal, na faixa entre 13 e 19 anos, o número de infectados de aids é maior entre as mulheres: são oito casos em garotos para cada dez em meninas. Nas outras faixas etárias o número de casos da doença prevalece maior entre homens.

O não uso de camisinha pelas mulheres vem preocupando o Ministério da Saúde. Neste ano, a campanha de conscientização sobre doenças sexualmente transmissíveis do Governo terá foco justamente nesse público: mulheres mais jovens, de 15 a 24 anos, que estão mais vulneráveis a esse tipo de infecção.

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse na semana passada que o País vive uma transformação no gênero de HIV positivo. “No Brasil está ocorrendo o que nós chamamos de feminização da doença. Após mais de 20 anos do surgimento da aids, nos preocupa o grupo de mulheres entre 15 e 24 anos, foco fundamental para evitar que a disseminação continue”, afirma.

O ministro enfatizou que essa é uma preocupação de todos: “É importante que, desde a escola, todas conversem abertamente sobre o assunto. Pedir para usar camisinha é um ato de proteção a si próprio. Não existe nada mais respeitoso que proteger a vida.”

Fonte: Fonte: Arcauniversal

APROVEITE O DIA DOS NAMORADOS E ESTREITE OS SEUS LAÇOS COM O AMOR.

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dia dos namorados Presentes para o dia dos namorados
As instâncias do amor e seus ritos permitem que o percebamos como um processo, além de favorecer que nos apossemos do privilégio de ser os escultores da obra. Um exame das etapas da construção amorosa, no plano das parcerias, evidenciará o significado de cada uma e delineará as funções que nos cabem como artesãos.
O enamoramento é a experiência do amor nascente, do momento em que Eros se insinua em sua pureza e em seu frescor recém-constelado, a um só tempo arrebatador e silencioso, transformador e sutil. Ali se forma a semente a ser cultivada. Pode-se fazer analogia com a experiência da concepção, uma vez que, fertilizados pela surpreendente força de Eros, os parceiros "nunca mais serão os mesmos". Algo ali se desvirginou e uma transformação foi irreversivelmente engendrada.
O namoro, por sua vez, é o templo em que se cultiva o amor, o laboratório alquímico no qual se dá o processo de potencialização e fortalecimento da capacidade amorosa - inerente a todos os humanos, mas que tem de ser ativada para integrar o acervo consciente de uma pessoa. A semente amorosa, acolhida na terra frtil dos parceiros, precisa brotar, enraizar-se, revelar-se à superfície e crescer em direção ao sol, símbolo da consciência.
O noivado é o templo no qual se forma um compromisso interno com o amar, com a responsabilidade e a honra de se perceber capaz de amar e de se nutrir com o amor do outro. Esse compromisso é compartilhado, o que torna o noivado um rito de passagem, uma confissão pública de que se atingiu a maturidade e a disponibilidade requeridas para o enlace matrimonial e tudo que o envolve. A cerimônia de casamento é o ápice do noivado e o momento em que se reconhece e se assume o caráter sagrado da união, que confere significado espiritual ao vínculo entre os amantes e passa a regê-lo. A zeladoria do homem e da mulher consiste em manter acesas em sua consciência a responsabilidade e a alegria que a conjugalidade traz. O casamento é o templo no qual se cultua, se preserva e se deixa frutificar o amor. O prazer contido na experiência gratifica e oferece motivação para a continuidade do processo; o manejo dos conflitos,outra faceta da mesm experiência, provê consistência ao aspecto "labor" da construção amorosa. Se bem-feito, fortalece o vínculo e capacita os amantes para os embates necessários.
Na estrutura e na dinâmica que descrevi, destaca-se o namoro como o palco onde os parceiros, grandes artesãos do amor, se ocupam da gestação amorosa. Numa cultura pobre em rituais como a nossa, é possível que, fora do âmbito institucional, o namoro seja a reserva ritual que se preserva entre nós, intensa e forte em razão de sua longevidade, do grau de motivação que o mantém vivo e da pujança de Eros que lhe dá sustentação.
Que o 12 de junho não seja só uma efêmera ocasião para despistar o amor em favor de uma protocolar dúzia de rosas, um novo relógio, uma visita frugal ao motel mais conveniente. É importante e urgente o exercício do namoro como a grande barriga na qual se vai gestar o amor, o único antídoto capaz de fazer frente à fragilidade dos vínculos amorosos, quando precariamente formados e, assim, ameaçados de ruptura. Casados precisam namorar para conceber novas facetas do velho amor e, graças a elas, renovar a união. Namorados precisam namorar bastante para que o desenlace sejam uniões consistentes, ou serão logo desfeitas, porque fracas. Solteiros e descasados precisam namorar tanto ou mais do que os outros, para manter acesa a esperança relativa às possibilidades criativas do encontro amoroso, sempre tão almejado.
"Navegar é preciso; viver não é preciso", disse o poeta português Fernando Pessoa. O namoro pode contribuir para tornar a imprecisão da vida mais navegável. Para você, então, alquimista, um feliz namorar!

A INCÔMODA SITUAÇÃO DO TRAÍDO QUE DESEJA PERDOAR O PARCEIRO TRAIDOR

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Quem se descobre disposto a perdoar uma traição em geral vive um drama emocional. Afinal, perdoar implica passar a limpo a história de vida com o parceiro e a própria história. Um dos maiores desafios, então, é rever os próprios conceitos e até a auto-imagem. Muitas vezes a pessoa que deseja perdoar sente-se traída pela própria cabeça. Acha-se fraca, boba, enganada por si mesma, comportando-se de modo contrário ao que sempre disse e em que acreditou.
Novos casais costumam selar "contratos verbais" do tipo "eu suporto tudo, menos traição!" É uma forma de se prevenir quanto ao problema ou um desejo de que, caso ocorra, o traído tenha uma postura firme e abandone o traidor. Na prática, muitas vezes não funciona. Só vivendo a experiência para saber o que fazer.
Quando ocorre, muitos traídos xingam, fazem escândalo, expulsam o parceiro ou a parceira, arrumam as malas e vão embora. No entanto, quando baixa a poeira, em especial se amam o parceiro traidor, podem vir o arrependimento e o desejo de recomeçar. Por que não?
Nem sempre uma traição significa mesmo o fim de tudo, embora, na hora da descoberta, até pareça. Perdoar pode ser uma demonstração de força interna e de capacidade de reformulação. Não se trata de "empurrar a relação com a barriga", claro, nem de perdoar indistintamente. É preciso avaliar cada caso. Porém, há que se cuidar para não cair em uma rigidez emocional e atrapalhar a avaliação do quadro. Frases do tipo "os homens são todos iguais" e "as mulheres são todas iguais" são típicas de quem quer acreditar que todos passarão pelo mesmo inferno. Na verdade,é só uma forma de aliviar a dor da solidão.
É natural que o traído que tem dúvida quanto ao rompimento se surpreenda, pois nunca pensou em perdoar uma traição. Tem um segundo choque. Mas a postura poderá resultar em vantagens psicológicas e também para o casal, se desenvolver outro modo de ver a união e uma nova relação com o parceiro. É preciso entender o que não estava bom, o que pode ser melhorado ou deve ser mantido. Se o casal consegue ver além da traição, pode refazer o vínculo e crescer com a crise.
Um sentimento freqüente no traído é de que a união nunca mais será igual. Concordo. É ótimo que seja assim. Ambos não são os mesmos em qualquer dia seguinte, com ou sem traição. Estão sempre mudando e é isso que lhes dá esperança de poderem melhorar.
É comum o traído perder a confiança nooutro ou na outra e ter dúvida se é possível continuar. Na realidade, quem acredita em garantias eternas pode estar próximo de se dar mal. Após uma traição, a pessoa tem a oportunidade de direcionar a relação à realidade e abandonar as fantasias. Poderá perceber quantas vezes desprezou indícios de que as coisas iam mal, justamente porque acreditava ser imprescindível confiar cegamente. O caminho para reconquistar a confiança é longo, claro. Mas é importante ter em mente que nunca, por melhor que seja a união, uma pessoa exerce de fato controle sobre a outra.
É equivocada, ainda, a idéia de que, se perdoar, "ele, ou ela, nunca mais irá me respeitar." Depende de cada um. Muitos traidores passam a dar valor à capacidade do parceiro de acolher o deslize, o que pode modificar de modo positivo a essência do vínculo. Mas há que se cuidar para não exagerar na compreensão. Traições recorrentes podem dar origem a relações violentas, em que o respeito se esvai.
Outro fator fundamental é não esquecer o que ocorreu. Mesmo sendo dramática, a experiência é válida. Deve somar, não apenas subtrair, ainda que se decida pela ruptura. Mas, se a decisão for perdoar, não pode cair na tentação de ruminar o episódio a cada discussão, pois isso corrói os relacionamentos. Por fim, se não puder ter a ajuda de um profissional, escolha bem o seu confidente. Lembre-se de que, quando tudo estiver bem, a memória do outro poderá incomodar

A DELICADA SITUAÇÃO DAQUELE QUE CRITICA PESSOAS DA FAMÍLIA DO OUTRO

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"Eu posso falar mal de meus pais. Você, não." A frase expressa a vivência de quem se melindra se o parceiro ou a parceira faz críticas à família. Isso não ocorre quando criticamos nossos parentes, porque os vemos com relativa exterioridade e grande intimidade. Assim, um filho ou filha desaprovar os pais jamais seria leviano e não restringiria o amor que sentem. Já se o marido ou a mulher manifestam restrições, teme-se o contrário. Considerando-se que os sogros não são pai e mãe de quem critica, tudo fica mais difícil, pois o amor que deveria envolver a crítica não é garantido. Paralelamente, o parceiro ou a parceira que são filhos receiam que a restrição represente desafeto, ou algo impensado, coisas injustas difíceis de tolerar. E esse relativo distanciamento afetivo, que lhes permite enxergar coisas penosas para o filho ou a filha, talvez desperte neles as críticas que também tinham, mas reprimiam. "Não venha mexer com o conflito que tenho com minha mãe; está sob controle, mas qualquer novidade pode ser o gatilho para dificuldades, que me recuso a enfrentar", é o que a pessoa sente, sem dizer. Ou seja, o amor filial teme sofrer um abalo perante a crítica. Além disso, a restrição destinada à mãe é sentida como um ataque ofensivo a uma parte de si, que a mãe real simboliza. "Se você vê algo desabonador em minha mãe, isso indica que vê algo de errado comigo. É a mãe em mim quem recebe a sua crítica", sentem, sem exteriorizá-lo, tanto homem quanto mulher.
Esse foco de conflitos em parcerias conjugais aplica-se também a outras uniões afetivas que compõem a história de uma pessoa - os irmãos, os filhos, o marido, talvez amigos. Fale mal do filho de alguém e verá como lhe atinge o coração. É o mesmo que estabanadamente entrar numa loja de cristais, inconsciente do caráter precioso daquele afeto. Nessas horas, é bobagem afirmar que você tem razão em apontar um defeito, mera observação objetiva; quem a ouve sente-a como pisão no tapete branco de um templo sagrado.
Eis, justamente aqui, a questão. Pessoas sentidas como minhas, por muito tempo e por numerosos motivos, são sagradas e cultuadas como tais. "Mas você faz críticas. Por que eu não as posso fazer?" "Por uma questão de zelo: algo divino em mim cuida de algo divino fora e dentro de mim. Eu sei o que faço. Quando você se mete a falar de quem amo, trata uma jóia preciosa como bijuteria barata.".
Estamos diante de algo de difícil manejo. Integra a aprendizagem, na união amorosa, a descoberta do que é sagrado ao outro, e desenvolver uma atitude de respeito. Não é preciso adotar como sagrado o que lhe parece profano, como numa conversão religiosa. Basta reconhecer que há na vida do outro uma dimensão a respeitar, assim como você requer consideração pelo que lhe é especial.
Mas respeito não é sinônimo de camisa-de-força. Não sacrifique sua espontaneidade, sob pena de mutilar-se. Transmita que econhece o caráter sagrado da pessoa. Com isso, será ouvido em sua eventual restrição. De outro lado, faz parte da evolução existencial o processo de dessacralização de figuras parentais, ou de outros vínculos significativos. Críticas, queixas e restrições, próprias ou alheias, contribuem para o processo. Uma das metas do desenvolvimento emocional é a correta leitura da realidade, sobretudo a humana: amável, adorável, falha, gratificadora, frustradora e, pois, inteira. O intento de preservação do sagrado em vínculos humanos pode resultar na glorificação de coisas banais, mas também pode eternizar uma grande e mentirosa ilusão.

NAMORO PELA INTERNET É MAIS UM RECURSO. E NÃO DEVE SER DESCARTADO

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A tecnologia avança a passos de gigante e, em geral, os mais velhos têm dificuldade de usar os novos instrumentos de comunicação. Eles se intimidam diante desses "monstros eletrônicos". Resistem até a utilizar computadores de forma primária, como simples máquinas de escrever. Expor-se, então, em orkutsblogs e sites de busca, nem pensar. E não se trata apenas de resistir ao ET invasor de velhos hábitos. Significa também enfrentar o demolidor de estruturas de personalidades apoiadas em sólidos valores tradicionais. Falo de pessoas que vieram de uma época em que o recato era uma qualidade muito prezada. Mais para mulheres do que para homens. Mesmo estes, embora devessem ser ousados, precisariam sê-lo de forma discreta, respeitosa, não exibida. O exibicionismo e mesmo a exibição eram malvistos e comprometiam a credibilidade da pessoa. Anunciar-se nos meios de comunicação como se fosse um produto a ser comprado era de mau-gosto. Ai de quem fosse apanhado nessas práticas. Cairia na boca do povo e se desmoralizaria.
Para as novas gerações, tudo é diferente. Freqüentar os sites de relacionamento é algo tão natural quanto freqüentar shoppings, bares, cinemas e boates. Também os valores são outros. Exibicionismo e exibição fazem parte da cultura atual. A participação em blogsorkuts e cadastros amorosos flui como ar sendo respirado por todos. A vida de cada um é diário aberto à visitação pública. Nada de vergonha, recato, privacidade. Tudo é dito para todos. São novos tempos, que assustam e chocam as gerações mais antigas. Gerações que, à diferença da atual, têm dificuldade de se adaptar a mudanças. Os jovens de hoje são seres mutantes e têm de sê-lo, pois tudo se transforma rapidamente. Quanto mais distantes da juventude, mais dificuldades temos em nos transformar para incorporar novas tecnologias e valores. Mas seria recompensador aderir à nova onda. Uma queixa constante de pessoas não tão jovens, mas não tão velhas é a solidão. Quando sugiro o recurso da Internet, incluindo a forma de cadastramento amoroso, parece que vêem em mim um ser diabólico disposto a fazê-los vender a alma à nova mídia. E, no entanto, essa é uma oportunidade oferecida pela nova tecnologia aos tímidos, aos retraídos, aos que se isolam.
É verdade que o anonimato possibilitado pela Internet pode levar a decepções. A beleza física é também importante para o impulso amoroso. E por algum tempo se estará falando com um ser vaporoso, um fantasma sem corpo, uma pura escrita. O encontro com a pessoa real poderá ser decepcionante. Mas riscos existem em todas as situações. Um casal que se apaixone à primeira vista pelos atributos físicos e pela comunicação expressiva facial e corporal corre também o perigo de, ao aprofundar a relação, descobrir diferenças que a incompatibilizem. Nesse caso, pode até ser que o namoro virtual seja vantajoso; por mais que uma pessoa transmita dados falsos a respeito de si mesma, uma coisa não poderá deixar de ser verdadeira: o modo de se relacionar, de lidar com os sentimentos alheios, a delicadeza em relação à sensibilidade do outro.
O amor à primeira vista tem a ver com a premência de apaixonamento, pulando a etapa de um conhecimento recíproco. Quando o casal se dá conta das incompatibilidades, os fortes laços estabelecidos tornam difícil a separação. Na Internet, pela própria natureza do meio de comunicação, a paixão mais facilmente fica em compasso de espera, só se manifestando quando certo conhecimento mútuo foi adquirido. Quem sabe se nessas circunstâncias as possibilidades de acerto não são maiores? Não estou fazendo apologia do namoro pela Internet. Apenas sugiro que é mais um recurso, entre outros. Um recurso que não deve ser descartado por preconceito ou medo.

Uma das mais importantes missões que cabem ao casal, é a de fazer uma história própria.

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Uma das mais importantes missões que cabem ao casal, parece-me, é a de fazer uma história própria. Através dela, e nela, graças a um sentimento de pertinência, cada membro da família formará a sua identidade: pertence a uma família, a um grupo, a uma torcida, a uma comunidade, a um país. E tudo começa pelo casal gerador, por sua forma de interagir e sociabilidade. Essa herança deixaremos aos que vêm depois de nós.
Todo casal faz parte da história de vida dos filhos e netos a nascer ou já presentes. Casais sem descendência, divorciados, solteiros também participam, são parte da cultura familiar. E, mesmo que não se encontrem sempre, quase todos mantêm contato esporádico em datas especiais: nascimentos, casamentos, festas religiosas e - por que não? - também em velórios e enterros.
A unidade emblemática na qual ocorrem os contatos mais freqüentes e intensos é a do homem, da mulher e seus filhos. A partir do casamento começa a construção de uma nova história, que tanto pode ser feliz quanto infeliz. Algumas tradições herdadas das famílias do casal serão mantidas, adicionando-se nova cronologia e novos hábitos. E vamos sobrevivendo a nós próprios, porque podemos transmitir não só a história de nossa vida como a que herdamos. Pensamos, lembramos, contamos, ensinamos. O casal faz história ao conversar, contar casos, falar sobre o que viu, ouviu, percebeu. Quem não comunica deixa pouca herança, faz pouca história.
Quero chamar a atenção para a singeleza das ocorrências e hábitos com os quais a história familiar é constituída. À primeira vista, parece que será lembrado o inesperado. Se o peru de Natal queimar e tiver aquele gostinho de fumaça, será lembrado e fará parte do anedotário da família. O sumiço do gatinho de estimação pode desorganizar o dia-a-dia. Mas o fazer história não se constitui só de surpresas e sim, e muito em especial, das constâncias, pouco explicitadas, defendidas com fervor quando sob ameaça: um grito da parte de quem nunca grita, uma briga entre quem nunca briga.
Cada casal estabelece e se apega aos rituais que criou pela repetição e o aperfeiçoamento da vida em conjunto. Nos rituais de mesa e comida, em geral manda dona de casa, mãe, esposa ou matriarca. Em outros hábitos, a participação do homem e da mulher pode se equivaler. O capítulo do dinheiro da família é um ponto sensível, mas cada casal tem a sua forma de lidar com os gastos necessários e a poupança. Como nem só de pão vive uma família, faz parte também a leitura de certo jornal, a compra de livros, o planejamento do lazer, o jeito de guardar e armazenar, a fidelidade ou infidelidade à marca de eletroeletrônicos. Muitas vezes deixamos entrar em nossa vida um objeto novo que nos obriga a rever o já estabelecido. O controle remoto é um exemplo muito rico. Tê-lo na mãoé poder. Outras novidades eletrônicas entraram em cheio na rotina de todos nós, como o computador e a Internet. Sua assimilaçãoé um novo capítulo da história da família. Ainda bem que nossos rituais cotidianos nos protegem e não é porque inventaram microondas que vamos parar de querer mingau.
O casal vai incorporando, e em cada experiência de constância ou mudança, novos capítulos serão lembrados. Cada família tem o seu jeito e rituais que mudam raramente. Uma é lembrada pelo silêncio, outra por festejar os aniversários de véspera; tem família autoritária, e aquela em que tudoé negociado. São suas marcas registradas.
Pensem nisso, ao conduzir a sua vida diária. Valorizem os momentos em comum, os rituais, a graça da convivência. Somos nosso cotidiano, nosso jeito de lidar com o novo e o estranho. Aprendemos a evitar, a assimilar e a nos recriar - herança que nossos pais deixaram, que nós deixaremos, a marca registrada formadora da identidade. A fascinante missão dos parceiro

ESCARAFUNCHAR PASSADO DO PARCEIRO NÃO LEVA A NADA E GERA SOFRIMENTO

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Quando se tem demasiada curiosidade acerca das coisas que se faziam no passado, fica-se quase sempre na grande ignorância das que têm lugar no presente." A frase do filósofo francês René Descartes 1650) chama a atenção para uma atitude extremamente danosa aos relacionamentos afetivos: escarafunchar o passado do parceiro. Mais comum do que seria desejado, esse mau hábito nasce da crença nas palavras de outro filósofo, o chinês Confúcio (551-479 a.C.): "Se queres prever o futuro, estuda o passado". Embora esta pareça ser uma sábia verdade, conhecer o passado, ou, mais especificamente, as relações passadas de nosso parceiro costuma fazer mais mal do
Embora esta pareça ser uma sábia verdade, conhecer o passado, ou, mais especificamente, as relações passadas de nosso parceiro costuma fazer mais mal do que bem à relação. Partindo do pressuposto de que somos seres inteligentes e, como tal, aprendemos e somos transformados por nossos erros e acertos, de que adianta remexer no passado? Afinal, ele foi vivido por uma pessoa que já não somos mais. Estamos hoje mudados por nossas experiências.
Você certamente dirá: "Mas tem gente que não muda!" É verdade. Porém, mesmo neste caso, o passado não importa muito. Num relacionamento amoroso, o modo de ser de um tem efeito direto sobre o do outro. A cada nova relação vivida abrem-se possibilidades de mudança e de troca que antes inexistiam. De nada vale, portanto, analisar um modo de ser que resultou da união de nosso parceiro ou parceira com outras pessoas, diferentes de nós.
Investigar o passado da cara-metade nada mais é do que um sinal de insegurança, de medo de sofrer. É uma atitude típica de quem não tem critérios próprios ou não valida as próprias referências, de quem pensa em comparar "o que foi" com "o que está sendo" para avaliar quão plena é a sua entrega atual - o que obviamente não tem nenhum fundamento.
Também age desse modo pessoas que são controladoras. Os mapas mentais de gente assim sempre apontam para a possibilidade de as coisas darem errado - o controle é uma tentativa de evitar riscos e garantir resultados positivos. Para obter certezas o quanto antes sobre seus relacionamentos, em vez de se deixar levar pela experiência e permitir que o outro se revele no convívio, o controlador prefere fazer uma devassa no seu passado. A partir dessa investigação, julga e tira conclusões.
Paradoxalmente, os mapas mentais do controlador também criam dúvidas sobre as conclusões tiradas, o que gera a necessidade de mais controle e uma grande ansiedade por detalhes, ou seja, ele desenvolve verdadeira obsessão com foco no passado do parceiro ou da parceira. Este, com razão, se sente vigiado, analisado, julgado.
Quando tenta se defender é acusado de querer esconder algo, e corre o risco de ter a vigilância sobre si aumentada. Se não reage, seu silêncio também aumenta as fantasias do controlador, que passa a bombardeá-lo com perguntas. A vida do casal vira um tormento. Como bem disse Descartes na frase citada no início deste texto, quem vive focado no passado perde de vista o presente. Agir assim nas relações afetivas deixa a pessoa impotente, pois ela está totalmente cega às oportunidades de fazer diferença na vida do parceiro. Quando o outro não se mostra, as razões para isso até podem estar no passado, mas é no presente que se encontram as possibilidades de entrega. Tem mais chance de sucesso quem confia na própria capacidade de lidar com os resultados da convivência, sejam quais forem. Querer saber o passado do outro para diminuir a chance de sofrimento revela despreparo para a vida afetiva. Para viver plenamente uma relação é preciso enxergá-la sempre como uma experiência única - e entregar-se a ela como tal.

QUEM DIZ A VERDADE NEM SEMPRE ESTÁ SENDO TRANSPARENTE E HONESTO

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Ter atitude transparente é um grande desafio. Expressar transparência nas ações é desafio ainda maior. Segundo o dicionário Aurélio, transparente é o que se deixa atravessar pela luz, que permite a visão nítida daquilo que se encontra atrás ou em seu interior. Ter atitude transparente, pois, seria deixar o outro saber o que move nossas ações. Simbolicamente, "deixar-se atravessar pela luz" seria ter ações desprovidas de motivos sombrios, livres de rabugices, implicâncias, maus humores, culpas, recalques e rancores.
Ser transparente, então, não é dizer o que carregamos no coração. É não ter no coração o que não possa ser dito. Confunde-se atitude transparente com dizer a verdade. Não creio que isso seja correto, pois nem sempre quem diz a verdade é transparente e tem, realmente, a intenção de expor as razões por trás dos seus atos.
Um exemplo é a pessoa que fala verdades para provocar. O que a move não é o desejo de dar-se a conhecer, mas o de manipular. É assim aquela pessoa que diz estar pensando em separar-se porque o parceiro não muda. Mesmo que pensamentos sobre separação rondem sua cabeça, quando faz esse tipo de declaração na verdade busca o efeito contrário do que está dizendo, pois espera que diante da ameaça o outro mude e a separação enfim não aconteça.
Outra verdade que pode não ser transparente é a confissão de uma traição. Quem foi traído sabe que além da dor de ter a confiança e os afetos desrespeitados, banalizados, dói também a noção de que por ignorar a traição estivemos à mercê do outro. É sofrido pensar que fomos reféns de situação humilhante criada por alguém que nos escondeu o fato e nos impediu a defesa. Nesse sentido, a verdade, quando revelada, liberta, permite que nos defendamos, coloca o outro também refém de nossa reação.
A confissão movida por esse objetivo é generosa e transparente, pois liberta quem foi traído, iguala condições e oportunidades. Mas a maioria das confissões de traição é gerada por motivos sombrios. O que as move é o desejo egoísta de se livrar da própria culpa. O traidor parte do pressuposto de que a confissão atenua o erro, tornando-o merecedor de perdão. Ao revelar-se, a pessoa se coloca na condição de vítima, o que põe o outro na posição de algoz. Diante de tal distorção, o traído fica na "obrigação" de perdoar o "crime". Esse tipo de confissão é uma forma de controle.
O mesmo efeito tem a atitude, alegadamente transparente, de quem mostra confiar no parceiro de modo incondicional. Neste caso, a pessoa evita ações que possam ser vistas como de dominação e controle: não telefona com frequência; não faz perguntas sobre a rotina ou as atividades do outro; não programa coisas contando com ele ou ela. Caso lhe seja exigida uma explicação, justifica-se dizendo que não gosta de controlar nem de fazer cobranças.
Ainda que o apreço pela liberdade e pelo direito à individualidade seja verdadeiro, o que esse comportamento esconde é um descaso com o outro. Tais atitudes são típicas de pessoas negligentes com os sentimentos alheios, incapazes de envolver-se e mostrar interesse genuíno por quem está ligado afetivamente a elas.
Resumindo, a verdade pode ser ou não transparente. É preciso estar atento para saber de que tipo é aquela que nos é oferecida - e também qual a que queremos oferecer.


Quando se cobra o outro é até possível conseguir que ele mude suas ações, mas não sua atitude

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Uma amiga me revelou uma situação comum nos dias de hoje. "Rompi uma relação que durou três anos. Não vivíamos juntos, mas nos encontrávamos com frequência e tínhamos projetos comuns de trabalho. Minha família e meus amigos sabiam de nossa relação. Ele não tinha família e me assumiu para dois ou três amigos apenas. Durante o tempo em que estivemos juntos, eu não tinha clareza do tipo de relação que estávamos construindo. Sentia-me insegura. Há pouco tive provas de que ele tinha outras mulheres. Quando falamos no assunto, ele deixou transparecer que nós não tínhamos compromisso e, portanto, eu não tinha motivo para me sentir traída. Até hoje me pergunto se foi um canalha ou se eu é que entendi tudo errado. Quando se pode cobrar compromisso de alguém?"
Primeiro, compromissos se ancoram em valores e princípios e são definidos por atitudes, não por ações. É por isso que compromissos afetivos são difíceis de estabelecer e, uma vez constituídos, são difíceis de romper. Como atitudes não são visíveis, as ações é que o são, nunca se sabe, ao cobrar compromisso, se obteremos mudanças nas atitudes ou apenas nas ações. Pessoas que são alvo de cobranças podem mudar o comportamento para se sentir livres e manter atitudes descompromissadas, uma vez que não se mudam valores e princípios apenas com cobranças. Nesse caso, a pessoa muda as ações, mas tão logo se sinta livre das pressões volta a agir com o descompromisso de costume. É ilusão acreditar que alguém vai se comprometer porque foi cobrado.
É preciso esclarecer que algumas pessoas têm compromisso somente consigo mesmas. Quando isso é inconsciente, agem como se desejassem envolvimento afetivo, mas entram em crise, ficam com dúvidas e se sentem sufocadas sempre que estão numa relação.
Pessoas assim são facilmente identificadas: mesmo sendo simpáticas e extrovertidas, têm poucos amigos. Não abrem a vida pessoal para os outros, só a profissional, e fazem de tudo para não tomar conhecimento do contexto familiar de quem se envolve com elas. Podem ser prestativas e atenciosas superficialmente, mas nunca estão disponíveis quando se precisa delas. Evitam fazer planos a longo prazo, a não ser que sejam profissionais, e tomam decisões sem considerar o efeito sobre os outros.
Finalmente, você sabe que não há compromisso da pessoa com você quando pelo menos três destas condições são verdadeiras:
- amigos e familiares seus agem de modo estranho e pouco afetivo com a pessoa, mesmo que esteja claro seu afeto por ela;
- você nota que há divergências entre você e a pessoa quanto ao status da relação;
- vocês não falam de planos conjuntos para o futuro;
- a pessoa estimula você a ter planos futuros, mas nunca se inclui neles nem se incomoda se você não a inclui em seus planos;
- a pessoa faz planos futuros, mas não inclui você neles e desconversa caso mencione o fato;
- em situações sociais, suas ações expressam a relação afetiva, enquanto as ações da pessoa expressam amizade;
- você passa por momentos críticos e não tem liberdade para pedir o apoio dela;
- você frequentemente tem dúvidas sobre o compromisso que a pessoa tem com você.

HORA DE PAGAR A CONTA É CAUSA DE SAIA-JUSTA ENTRE OS PARCEIROS

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Ir a restaurantes é uma das situações mais prazerosas do casal, quase sempre acompanhada de um ritual para o qual não se poupam roupas charmosas, bons pratos e um delicioso vinho. Algumas vezes precedido de um cinema ou teatro, quase sempre culmina na intimidade amorosa! Mas nem tudo é um conto de fadas. O clima amistoso pode ser desfeito por uma conversa que não rola ou por impasses que vêm literalmente à mesa - como o pagamento da conta, função em geral atribuída ao homem, mas que nem sempre acontece da forma previsível. Este detalhe das relações não escapou ao atento olhar da pesquisa acadêmica, que hoje vasculha os mais diversos aspectos da vida humana. A Universidade de St. Andrews, na Escócia, realizou recentemente uma enquete com 416 homens e mulheres para testar o quanto eles se sentiam atraentes em relação a pessoas cujas fotos lhes eram mostradas e com as quais supostamente iriam jantar num restaurante. Em seguida, vinha a pergunta-chave: "Quem deve pagar a conta?". Eram três as respostas possíveis: dividi-la, pagá-la ou solicitar que o outro o fizesse. O resultado revelou que mulheres bonitas - mas também homens atraentes! - tinham menos disposição para arcar com as despesas, embora os homens, diante das mulheres bonitas, se mostrassem mais dispostos a assumir a conta. Teriam então os menos bonitos de pagar pedágio à beleza? É evidente que outros critérios costumam prevalecer na "dolorosa hora". O mais costumeiro, extraído da sabedoria convencional, reza que quem paga é o cavalheiro - e pronto! Afinal - pelo menos até há pouco... -, quem costuma tomar a iniciativa, convidando para sair, é o homem. Além disso, em nossa sociedade, mesmo quando ela trabalha, em razão das distorções ainda vigentes, ele costuma ganhar mais. Mas este padrão, embora de aplicação geral, se depara com singularidades e até distorções. Comecemos pelas singularidades. Casais jovens e adolescentes costumam dividir a conta, pois na maioria das vezes ou ganham pouco ou dependem de mesada. Ele ficará orgulhoso quando um dia, já trabalhando, pagar sozinho a conta do jantar. A divisão da conta também pode ser estendida aos casais adultos com proventos semelhantes ou quando a mulher está em posição mais privilegiada. Convém destacar que não é necessário criar constrangimentos com discussões sobre a divisão, nem desfazer o ritual de pagamento pelo homem, se isso é importante para ele, uma vez que se podem fazer acertos nos cartões de crédito ou em outras compensações, posteriormente. O casal que se torna íntimo pode estabelecer suas próprias regras, sem alimentar culpa por destoar dos clichês da sociedade. Como falávamos, há também distorções. O bonitão pode achar que tem o direito de ser mantido, sem reciprocidade equivalente, reproduzindo com a companheira a experiência de ser mimado pela mãe. O efeito disso é que ela, caso tenha escrúpulos, se sente explorada e sua admiração por ele fica sujeita à diluição. E a bonitona, não obstante ter a seu favor a convenção de deixar o pagamento ao homem, pode se plantar numa postura antipática, de tudo receber por direito divino, sem atitudes de reciprocidade. O companheiro, nessa situação, também pode se sentir usado e explorado - exceto no caso de homens complexados, cuja identidade está associada só à posição de provedores.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

(In) Compatibilidade amorosa

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Aquela história de que “os opostos se atraem” foi a maior mentira que já te contaram.



Todas as vezes que eu escuto alguém dizer “Eu quero alguém que me complete” eu imagino que o que aquela pessoa quer, na verdade, é alguém que complete suas frases, sabe? Até porque se vocês não compartilharem interesses, se não dividirem sonhos o que sobra?!
É, eu concordo que os iguais podem não se suportar e todas as vezes que eu escuto isso eu me imagino brigando comigo mesma. Já pensou?! O outro tendo SEMPRE as mesmas reações que você?! Tenso, né? Pois é… se relacionamento fosse uma coisa fácil, não existiriam milhões de livros de auto-ajuda espalhados por aí. Mas se os opostos se distraem – cada um com os seus interesses – os iguais podem não se tolerar, o que fazer?
Como sempre, eu me vejo presa no meio termo – aquele lugar entre o nem tanto e o nem tão pouco. E, neste lugar em que me encontro, eu vejo luzinhas coloridas piscando, chamando a minha atenção para uma coisa fundamental: individualidade.
É aí que está a grande sacada da história! Não importa se ele é igual a você, se ele é completamente diferente de você, contanto que vocês lidem com isso da melhor maneira possível: mantendo a individualidade.
Portanto, por mais que você se esforce para entrar no mundo do outro, por mais que vocês adorem fazer tudo juntos, não se perca, não se distancie de quem você é, afinal, o outro – quase – sempre se apaixona por algum traço de personalidade que ele não possui.

Retirado do site PLANO FEMININO

QUEM NÃO SE AMA NÃO PODE AMAR O OUTRO. CUIDE DE SUA AUTOESTIMA

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Para ser saudável, toda relação de amor começa pela autoestima. Se você não se ama, como poderá amar outra pessoa? Sabemos que não se encontra autoestima na farmácia para comprar, mas é muito importante que fiquemos atentos para a importância de desenvolvê-la, pois ela pode ser desenvolvida, assim como a capacidade de amar. De posse desses dois requisitos, fica bem mais fácil atingir nossos objetivos e lutar para obtermos melhores resultados em nossa vida, principalmente no sentido de sermos mais felizes.
O amor é um sentimento natural e amar uma pessoa, uma construção íntima. Quando desenvolvemos amor por alguém, tal situação envolve um desejo de nossa parte e uma aceitação desse desejo. É um processo que envolve todo o nosso ser: nossos sentimentos mais primitivos, nossos instintos e até nossa razão mais sofisticada. E inclui também nosso corpo. Amar uma pessoa é um envolvimento de corpo e alma.
Além disso, trata-se de um processo contínuo e progressivo, que evolui e pode aumentar de intensidade ou desaparecer. Tal evolução depende da autoestima de cada um. A autoestima é o fator fundamental para alicerçar a capacidade de amar e que permite tornar uma união amorosa sólida e duradoura.
Todos os animais possuem sólida autoestima. Então, por que o ser humano é diferente? Simplesmente porque, ao longo do processo de educação, a criança vai sendo cobrada a se disciplinar. Tal cobrança é sentida como se fosse falta de amor dos pais. A criança passa a sentir que só terá amor se tiver sucesso. Como o aprendizado se dá pela imitação do comportamento dos adultos, ela começa a também se cobrar e a sentir que o amor por si mesma está igualmente condicionado a sucessos e aplausos. Aos poucos, sua autoestima vai sendo corroída pelas exigências que aprende a se fazer, seu apreço por si só aparece quando conquista os resultados que lhe são exigidos.
Para mudar a situação de baixa autoestima, o melhor instrumento de que dispomos é a tolerância, que nos é ensinada pelo amor. Ela nos ajuda a lidar com os erros. Recuperar a autoestima exige que se desmistifique os falsos valores aprendidos que nos impõem o sucesso como condição para gostarmos de nós mesmos. É preciso atenção e paciência para, aos poucos, reaver a capacidade de nos querermos bem, independentemente
de quem somos.
Quando aceitamos a ideia de desenvolver uma capacidade para tolerar nossos erros percebemos que essa atitude reforça a autoestima, a qual, por sua vez, contribui para aumentar tolerância, gerando um círculo virtuoso que melhora de modo contínuo a relação que temos conosco. Assim agindo, revigoramos o amor próprio.
Dentro de uma relação, a tolerância também funciona como estímulo para a evolução. Se somos tolerantes com os erros do outro, o ajudamos a melhorar sua autoestima e isso se reflete na relação. É preciso, porém, distinguir a generosidade do perdão e da tolerância de uma complacência vazia e covarde, que tudo aceita sem nada questionar. Importa separar o joio do trigo, ou seja, o erro repetido e estagnado, do erro cometido em busca do acerto, a partir do qual se desenvolve um processo de crescimento que permite que o amor floresça.

Quem pensa que só é possível amar uma pessoa e se envolve com duas entra em um estado de tensão.

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Desde a infância, queremos amar e ser amados. Amamos nossos pais e nossos irmãos. E desejamos ter exclusividade desse amor, mas não a temos. Então, sentimos ciúme. O ciúme e o desejo de ser único fazem parte de toda a nossa vida. Quando nos apaixonamos esse desejo de ser único é ainda mais forte e toma conta de nós. Não podemos admitir que o ser amado ame outro, queremos que ame somente a nós, e a traição é um dos maiores motivos de separações. Nos votos de casamento, com aquele "até que a morte nos separe", entendemos que vamos amar e seremos o único motivo de amor.
Muitas vezes, porém, um casal que se ama, vive bem e se considera feliz vê aparecer uma terceira pessoa, com a qual um dos dois se envolve. Como lidar com isso? O que fazer se ele ou ela ama o parceiro ou a parceira, não quer se separar mas se sente apaixonado por outra ou outro? Pensa, pesa, compara, fala com os amigos, sofre porque deseja os dois mas não agüenta a divisão interna. Ninguém preenche totalmente nossas carências; um pode ser sério, poderoso, protetor, sistemático; o outro, alegre, criativo, inesperado, aventureiro; com um tenho segurança, com o outro tenho sexo. No princípio, a ideia era apenas sair às vezes com aquela pessoa, só por brincadeira, sem intenção de se envolver. Mas o envolvimento já existe, senão não haveria sofrimento.
O psicólogo americano Leon Festinger criou a Teoria da Dissonância Cognitiva, segundo a qual "todos precisam de uma coerência entre o pensar e o agir, uma consonância; todos devem agir de acordo com suas crenças ou vão entrar em conflito e, então, mudam o comportamento ou tentam novas crenças para sair do estado de tensão interna". Quem acredita que só se pode amar um mas se envolve com dois entra em um estado de tensão. Racionalmente, "sabe" que só pode amar um, mas seu coração diz que ama os dois. O problema é que é possível gostar de dois, o difícil é relacionar-se com os dois sem sentir culpa. É uma questão moral, cada casamento ou relação tem suas regras. Não podemos é nos trair, trair nossas convicções e nossas crenças.
Para resolver o conflito, a pessoa precisa refletir e seguir aquilo em que acredita. A terapia pode ajudá-la a se conhecer melhor e agir de acordo com seu coração. Aqui é onde entra a ética. Se não suportamos a situação, vamos ter de escolher um e perder o outro, já que não podemos mentir e conviver com algo em que não acreditamos. Quem é mais maduro escolhe e aguenta a frustração por perder. Muitos homens são criados vendo o pai trair a mãe como se fosse natural. Não percebem mal nenhum em trair, desde que não sejam eles os traídos. Se forem traídos pela mulher, não vão suportar. Apesar de ser uma ética machista, muitas mulheres também agem assim. Traem o marido sem culpa porque acreditam que "o que os olhos não vêem o coração não sente".
Mas se amamos alguém verdadeiramente, se existe confiança mútua, o certo é abrir o coração, ser leal como gostaríamos que o outro fosse conosco, o que vai nos dar o alívio desejado. Ninguém está livre de se envolver, pode acontecer mesmo que a pessoa não queira, mas mentir depende de nós. Mesmo que a relação tenha acabado, o que deve ser "até que a morte nos separe" é a confiança e a lealdade.



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