domingo, 22 de setembro de 2013

Construir uma família ou construir uma carreira?

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Hoje em dia é comum conhecermos histórias de mulheres de suce$$o na sociedade. E muito comum também, essas mesmas mulheres deixarem a desejar quando o assunto é a dedicação a família. Claro que existem inúmeras exceções, mas não é delas que quero falar .
Seja na educação dos filhos, na relação com o marido, nos cuidados com a própria aparência, ou nas obrigações gerais que têm como esposas, o negócio é que em alguma coisa deixam a desejar. Hoje posso afirmar com certa segurança que é possível, nos programar para construir uma família depois de uma carreira profissional se este for o nosso desejo. O que pouparia muitos problemas relacionados ao dinheiro dentro de alguns relacionamentos, na minha opinião.
Pensando nisso e por eu estar a beira dos 30 anos (que é a idade que eu jurava que tudo estaria completo ou caminhando para estar na minha vida), volta e meia me pego fazendo esta pergunta: Construir uma família ou construir uma carreira?
Se me fizessem essa pergunta a uns dois anos atrás eu certamente responderia e sem muitos rodeios,  CARREIRA! Claro, óbvio e com certeza!
 Mas, os anos vão passando, a idade os 30 vai chegando, a cobrança da sociedade aumentando aquela alí vai ficar pra titia, e a própria cobrança interior que também aumenta. Sem contar que com a maturidade na flor na pele, você não se sente mais confortável fazendo coisas de quando tinha 20 ou 22 anos de idade.
Hoje, quando entro em algumas baladas, por mais que ninguém me dê quase 30 anos, eu não me sinto mais confortável em muitos ambientes.
Simplesmente é como se uma vozinha interior ficasse enchendo os meus ouvidos o tempo todo com coisas do tipo: ' você está ficando velha pra esses tipos de coisas! Pra esses tipos de ambientes! Pra esses tipos de músicas (eletrônicas no caso). Pra esse tipo de galera!'
Poxa, eu só queria curtir uma baladinha, uma saidinha diferente. Mas o meu interior me crucifica e em menos de 2 hrs na balada estou exausta, sentada lá num canto, morrendo de sono e querendo ir embora. E vou, claro!
Mas voltando ao assunto da carreira ou família, particularmente nunca fui muito apegada a família e nem cresci ouvindo dos meus pais a construir uma família.
Na minha casa sempre foi prioridade estudar, trabalhar, ganhar dinheiro e depois, SE QUISER, aí sim casar e SE o marido insistir ou fizer muita questão, ter filhos ou um filho no máximo.  Tudo exatamente nesta ordem, como se a gente pudesse escolher como as coisas vão acontecer na nossa vida e em quais momentos.
 Mas como disse ,o tempo passa as cobranças aumentam e hoje me sinto extremamente dividida entre construir uma carreira ou construir uma família.
Confesso que dentro de mim as vezes me dou ao luxo de ver um filho meu correr pela casa e fazer bagunça. Chamam isso de desejo de ser mãe, eu chamo de falta do que fazer ou porque estou ficando velha mesmo..hahahaha
Quando paro pra pensar em carreira ou família, penso separadamente, porque para mim deve ser muito difícil conciliar as duas coisas. Primeiro porque se eu tiver a 'carreira indefinida' que tenho hoje no futuro, dar atenção a uma família e arcar com suas responsabilidades vai ser coisa de outro mundo. Simplesmente não vou conseguir. E segundo porque os meus pais me ensinaram a construir primeiro uma carreira!
Sempre fui muito determinada a fazer as coisas certas e de preferência de acordo com o que meus pais me ensinaram.
Mas quem me conhece de perto, sabe que construir minha carreira ta tão ou mais difícil que construir uma família!
Tudo na minha vida, se tratando de relacionamentos emocionais, até o momento, foram tardios, efêmeros e superficiais. Talvez por medo de decepções ou por ter firmado na minha cabeça .... primeiro a carreira, o dinheiro o suce$$o. Depois qualquer tipo de envolvimento sentimental.
Tenho certeza que muitas mulheres de hoje a beira dos 30 anos, vive também essa luta entre permanecer solteira ou abrir vaga para um futuro marido. 
Embora particularmente eu saiba, que construir uma família ou construir uma carreira, seja algo que não depende só de mim ou só de uma pessoa. Que não cabe a mim ou a você, escolher simplesmente o que nós preferimos! Vou chamar isso de crise dos 30 anos... ;)

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